Como imaginávamos, não deu para Bethe Correia. Na madrugada desse domingo a brasileira entrou no octógono para encarar o maior nome do MMA feminino, Ronda Rousey. E a americana, mais uma vez, atropelou uma adversária.
Foram precisos apenas 34 segundos para que Bethe caísse no chão sem condições de voltar à luta. E essa é mais ou menos o tempo médio em que Ronda leva para finalizar seus combates.
Nesse mês ela foi selecionada pelo ESPY 2015 como a melhor atleta feminina dos Estados Unidos, superando personalidades como a tenista Serena Williams, que também é um fenômeno, mas das quadras.
Ronda também faturou o prêmio de melhor lutadora do ano, batendo, entre outros, Floyd Mayweather Jr, que alcançou a proeza se aumentou seu recorde para 48-0 ao vencer Manny Pacquiao na “luta do século” que aconteceu há pouco.
Ronda tem chacoalhado o mundo do esporte desde que entrou em ação em 2011. Seu números são tão impressionantes que não há uma só mulher no planeta que parece conseguir fazer uma luta minimamente equilibrada com ela (mentira, Miesha Tate já a colocou à prova. Mas o tom dramático é muito justo nesse caso).
Talvez a atleta que poderia lhe oferecer alguma resistência é a brasileira Cris Cyborg, detentora do cinturão da categoria peso-pena pelo Invicta FC. No entanto, apesar de Ronda sonhar em derrotar Cris no octógono, a americana diz que a rival teria que baixar de peso para se adequar à sua categoria (peso-galo).
Diante disso, separamos 11 fatos da brilhante da carreira de Ronda Rousey para mostrar que ela é um dos maiores – se não o maior – fenômenos que o MMA já viu.
1# FEITOS NO JUDÔ
Antes de Ronda destruir tudo no MMA feminino, ela passou pelos tatames – arrasando também. Sua carreira no judô foi espetacular, conquistando tudo por onde passava.
Aos 17 anos ela se classificou para disputar as Olimpíadas de Atenas em 2004, se tornando a judoca mais jovem a conseguir tal feito. Foi também a primeira judoca americana a conseguir uma medalha nas Olimpíadas – bronze em Pequim (2008).
Outras medalhas expressivas estão em sua galeria, como dois ouros no Campeonato Pan-Americano de Judô em 2004 e 2005, ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio, e prata no Mundial do mesmo ano, que também aconteceu na Cidade Maravilhosa.
2# INVENCIBILIDADE NO MMA
Mas foi nas artes marciais mistas que a loira mostrou que realmente não há adversárias que possam desbancá-la.
Desde que passou a lutar MMA, Ronda nunca perdeu. São 15 vitórias e nenhuma derrota. Isso contando as 3 lutas amadoras que realizou antes de se tornar profissional.
Das suas adversárias, 10 foram americanas, 3 canadenses e 2 brasileiras – Ediene Gomes, na primeira luta de Ronda como profissional no MMA, e Bethe Correia.
3# MONSTRA NO CHÃO
Se Ronda levar a luta para o chão já era. E como escapar disso com toda a experiência que ela tem como judoca?
De todas as suas 15 lutas, 12 acabaram com finalização de braço da americana, sendo que as 11 primeiras tiveram esse destino (as outras foram por nocaute e nocaute técnico).
É realmente caixão.
4# VERSATILIDADE
Com toda essa habilidade desenvolvia no judô, muitos questionavam se Ronda não seria muito limitada em suas opções de ação. Mas não é isso o que ela tem demonstrado.
Se nas primeiras 11 lutas da carreira ela finalizou com chave de braço, em 3 das últimas 4 ela ganhou por nocaute (técnico ou não).
Contra Bethe foi assim. A americana literalmente atropelou a brasileira. Sem dar nenhuma chance, foi para cima, pressionando a adversária contra a grade e despejando golpes certeiros que resultou num belo nocaute.
“Estou feliz demais, porque consegui provar para mim e para todos a diversidade do meu estilo de luta”, disse a americana na coletiva pós luta.
5# PAPO RETO
Com Ronda não tem meio termo – entrou no octógono ela trata logo de resolver o assunto. A mulher é tão objetiva (e habilidosa) que apenas uma de suas lutas não terminou no primeiro round (contra Miesha Tate em 2013), e poucas ultrapassaram o primeiro minuto de ação. Mais especificamente, apenas 4.
Isso mesmo, das 15 lutas 11 foram encerradas antes do primeiro minuto. Se agente tirar os 4 combates mais longos (1’06”; 4’27”; 4’49”; 0’58” do terceiro round), suas lutas duram em média 33 segundos.
É seu o recorde de finalização mais rápida da história do UFC em lutas em que o cinturão está em jogo: 14 segundos. O fato aconteceu no combate conta Cat Zingano, que até então tinha um cartel invicto de 9 vitórias.
Isso que na batalha anterior ela já havia cravado o recorde ao nocautear Alexis Davie aos 16 segundos do primeiro round.
6# MULHERES NO UFC
Antes de Ronda, Dana White, o presidente do UFC, nem pensava em abrir espaço para as mulheres no octógono. Ele dizia que elas nunca estariam no UFC.
Bem, teve que engolir o que disse.
Depois de observar os feitos de Ronda no Strikeforce (outra organização de MMA) o chefão do UFC mudou de ideia. “Todos sabem que eu não era muito fã de mulheres no UFC. Depois que conheci a Ronda Rousey, todo o pensamento mudou”, disse White numa entrevista.
Ou seja, foi ela que abriu o espaço para que as mulheres tivessem vez no Ultimate Fighting Championship.
Sua primeira luta no UFC foi em fevereiro de 2013 contra a também americana Liz Carmouche. Ela já entrou como detentora do cinturão peso-galo, se manteve com a vitória e com ele está até hoje – sem previsões de deixá-lo.
7# LUTAS PRINCIPAIS
A primeira luta feminina da história do UFC já entrou como evento principal. Rousey e Carmouche protagonizaram o UFC 157, fato que marcou a historia do esporte.
Depois disso, das 5 lutas de Ronda 3 foram evento principal da noite.
8# TREINADORA DO TUF
Ronda também participou do famoso reality show The Ultimate Fighter. No entanto, não se engane, ela não estava lá como lutadora – mas como treinadora.
A atleta foi a primeira treinadora mulher do programa, quebrando mais um tabu na história no esporte.
9# MAIOR RIVALIDADE DO MMA FEMININO
Ronda travou o que é, até hoje, a maior rivalidade do MMA feminino com Miesha Tate.
A loira teve sua primeira chance de desafiar uma campeã e botar a mão num cinturão diante de Tate, em 2012 pelo Strikeforce. Era a sua quinta luta como profissional.
Foi a primeira vez que uma adversária passou do primeiro minuto diante de Ronda. A luta durou 4’27” e terminou com uma daquelas finalizações de braço de dar aflição.
Mais tarde, em dezembro de 2013, foi vez de Tate desafiar Rousey pelo cinturão do UFC na luta que certamente foi a mais dura de sua vida no MMA. Ronda só conseguiu superar a desafiante no 3º round, mais uma vez com uma chave de braço. Nessa noite ela foi premiada com a “Luta da Noite” e “Finalização da Noite”.
10# MAIOR LUTADORA FEMININA DO MMA
Por tudo isso, Ronda Rousey é a maior lutadora da história do MMA feminino escolhida por unanimidade por qualquer mídia ou premiação.
Se não bastasse, ela é está em 4º no ranking de peso-por-peso do UFC (um ranking geral, incluindo homens e mulheres e todas as categorias), atrás apenas de José Aldo, Chris Weidman e Demetrious Johnson, respectivamente.
11# UM ESPETÁCULO DE MULHER
Por fim, Ronda é um espetáculo de mulher. Sem mais…
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