Johnny Depp é um dos atores mais admirados da atualidade. Em sua geração, compete em fama, respeito e vocação para galãs como Brad Pitt e George Clooney. No entanto, diferente destes outros dois exemplos, Depp tem duas características bastante chamativas: o fato de trabalhar constantemente com Tim Burton e seu costume em fazer tipos estranhos e extravagantes, algo que pode ser considerado em parte uma consequência de trabalhar tanto com Burton.
Porém, ao fazer seu quinto trabalho com o novo parceiro costumeiro, Gore Verbinski, o astro volta a ser mal falado após O Turista (The Tourist, 2010). O Cavaleiro Solitário (The Lone Ranger) deve ser um dos maiores prejuízos da história da Disney e está sendo duramente criticado. Mais do que isso, a atuação de Johnny Depp inspira adjetivos como “piloto automático”, “repetido” e “irritante”. Mas a carreira competente do ator não deve ser esquecida. Por isso, aqui vai uma lista com 10 papéis de Johnny Depp melhores do que Tonto.
10# Glen Lant
Ainda com 20 anos, o jovem ator teve sua estreia no que viria a ser uma das mais consagradas séries de terror de todos os tempos. Em A Hora do Pesadelo (A Nightmare on Elm Street, 1984), do mestre Wes Craven, interpretava um adolescente comum, ainda sem esquisitices ou maquiagem excessiva. Por mais discreta que fosse sua atuação, mostrou competência o suficiente para começar sua carreira. Em 1991, seu personagem voltou para uma rápida participação em A Hora do Pesadelo 6 – Pesadelo Final – A Morte de Freddy (Freddy’s Dead: The Final Nightmare), quando já era um ator famoso.
9# Tom Hanson
Numa das séries de TV de maior sucesso do final dos anos 80, Johnny Depp tornou-se ídolo adolescente e chegou a ganhar 45 mil dólares por episódio. Em Anjos da Lei (21 Jump Street, 1987-1991), Depp interpretava um policial se passando por um adolescente para investigar casos dentro de escolas. Em 2012, reprisou seu papel numa ponta no filme homônimo, protagonizado por Jonah Hill e Channing Tatum.
8# Johnny Depp
É fundamental que atores saibam rir de si mesmos. E fazer pequenas participações em séries e filmes interpretando a si próprio é uma bela maneira de fazê-lo. Johnny Depp fez pontas como Johnny Depp em Cannes Man, L.A. Without a Map, The Vicar of Dibley, The Fast Show e Jack & Jill. Mas sua melhor atuação é em Life’s Too Short, de 2011. Na série de Ricky Gervais, Stephen Merchant e Warwick Davis, sobre a vida de um ator anão, todos fazem seus papéis reais. Quando Davis tem a chance de participar de um filme de Johnny Depp, passa por testes bizarríssimos. Depois, o galã se encontra com Gervais e revida as piadas feitas no Globo de Ouro.
7# Ed Wood
Ainda sua segunda parceria com Tim Burton, em Ed Wood (1994), Depp personifica o “pior diretor de todos os tempos”, ganhando elogios, sua terceira indicação ao Globo de Ouro e, para muitos, provando definitivamente seu talento e sua versatilidade.
6# Don Juan
Johnny Depp já era um ator famoso e respeitado, um ídolo adolescente e uma presença forte no universo cult. Faltava firmar-se como galã de Hollywood. Em Don Juan DeMarco (1995), usou um forte sotaque espanhol e criou um personagem complexo, vivendo no limite entre a realidade e a fantasia, mas, acima de tudo, um conquistador nato.
5# Sam
Benny & Joon – Corações em Conflito (Benny & Joon, 1993) não é um filme muito conhecido do público brasileiro, não foi aclamado pela crítica, não foi um sucesso de bilheteria e não mudou a carreira de Johnny Depp. Mas sua atuação inspirada em Buster Keaton e Charlie Chaplin, abusando da comédia física, encanta o espectador e a personagem principal. O astro mostra outro lado seu, provando ser ainda mais versátil do que a maioria imagina.
4# Sweeney Todd
Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street, 2007) é um musical sombrio, com a cara de Tim Burton. Johnny Depp mostra que funciona também como cantor, principalmente por não ter (ou não usar) uma voz muito doce, que não combinaria com um personagem tão macabro. Com uma atuação na medida certa entre o caricato e o assustador, conseguiu seu primeiro Globo de Ouro (após 7 indicações não vitoriosas) e sua terceira indicação ao Oscar (o primeiro na longa parceria com Burton).
3# J. M. Barrie
Conhecido por ser intenso, criar tipos estranhos e fisicamente diferentes um do outro, Johnny Depp oferece uma de suas melhores atuações interpretando uma figura real, relativamente comum, e com um cabelo curto e arrumado. Em Busca da Terra do Nunca (Finding Neverland, 2004) dá a Depp a oportunidade de mostrar que pode ser contido e, ainda assim, igualmente competente. Talvez o filme mais realista (e um dos mais elogiados) de sua carreira, mas ainda assim com um toque de fantasia. Segunda indicação consecutiva ao Oscar.
2# Edward
O filme que iniciou a longa e próspera amizade de Johnny Depp com Tim Burton. Talvez, o personagem mais estranho da carreira do ator. Uma primeira amostra do que viria a ser Johnny Depp, principalmente em suas parcerias com Burton e com Gore Verbinski. Contido e melancólico, o personagem-título de Edward Mãos-de-Tesoura (Edward Scissorhands, 1990) é clássico por natureza, em grande parte graças a uma atuação fantástica. Fato é que, quando se fala do astro das mil faces, é impossível não colocar Edward como um de seus dois papéis mais interessantes, importantes e bem executados da carreira. A briga é dura, e ele só perde porque números são números.
1# Jack Sparrow
Sua primeira indicação ao Oscar, com um tipo de personagem e em um tipo de filme que não costuma ser lembrado pela Academia. Principal nome na franquia que já arrecadou mais de 3 bilhões e meio de dólares. Seu primeiro blockbuster, levando seu nome a espectadores de todas as idades. Um personagem extremamente carismático e popular, imitado e referenciado à exaustão. Não há como negar que Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra (Pirates of the Caribbean: The Curse of the Black Pearl, 2003) deve muito de seu sucesso à atuação hilária e caricata de Johnny Depp, que o fez roubar a cena, ao lado de nomes como Orlando Bloom, Keira Knightley e Geoffrey Rush. Dez anos depois da estreia do primeiro filme da franquia, Jack Sparrow ainda é o principal trunfo da série. Além dos outros atores, efeitos visuais perfeitos, um Gore Verbinski provando seu valor, e nomes como Disney e Jerry Bruckheimer na produção são grandes trunfos, também. Mas sem Johnny Depp, Piratas do Caribe talvez não tivesse sobrevivido tão bem ao longo dos anos. E sem Piratas do Caribe, talvez Johnny Depp ainda vivesse principalmente dos personagens cada vez mais duvidosos de Tim Burton. Edwards, Johns, Willy, James e outros que me perdoem, mas Jack Sparrow é, assim como acredita ser, uma lenda viva.
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