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11 dicas práticas para quem quer conhecer os Estados Unidos

Os Estados Unidos são um destino certo na lista de viagem de muita gente por aqui. Às vezes é até preferência. Sabemos que hoje em dia a ideia de conhecer outros países, outras culturas, de fugir dos lugares batidos está sendo propagada na mente dos jovens. Mas, ainda assim, é comum flagrarmos o nome do país americano no topo da lista de viagem daqueles que tiveram pouca oportunidade de conhecer o mundo.

Sendo assim, pedimos ao nosso colunista David Nordon, que acaba de voltar da América, para nos ajudar a te ajudar. Ele preparou um guia com 11 dicas práticas para quem quer viajar aos Estados Unidos pela primeira vez. E mesmo que você já conheça a região, pode encontrar coisas úteis aqui abaixo.

1# Aluguel um carro

Os EUA possuem uma vasta rede de boas ruas, estradas e rodovias. Locomover-se lá de carro é bastante simples. Não é necessário ter uma carteira internacional para poder dirigir em terras americanas. Mas, para evitar complicações com a polícia, não faz mal adquirir uma (basta entrar em contato com alguma autoescola ou despachante).

O aluguel é muito mais barato do que no Brasil. Vale prestar atenção se o seu cartão de crédito “paga” o seguro do carro por você. Determinadas bandeiras, geralmente associadas a contas diferenciadas de banco, têm isso incluso no seu pacote de serviços. E a economia pode chegar a 50% do custo total do aluguel.

2# Encha o tanque

Para encher o tanque nos EUA, algumas coisas são diferentes: primeiro, eles contam tudo em galões, que são 3,78 litros. Segundo, para encher o tanque, primeiro você vai à loja de conveniência (todo posto tem uma), paga o quanto julgar necessário, e enche.

Se faltar, basta acertar e completar (ou vice-versa, dependendo do posto). Se sobrar, basta pedir o troco. Por fim, você também pode pagar em um totem, que aceita dinheiro ou cartão de crédito.

3# Regras de trânsito

As regras de trânsito são basicamente as mesmas, exceto por um detalhe importantíssimo: é permitido fazer conversão à direita com o farol fechado. Nos poucos cruzamentos em que isso não é possível, há uma placa indicando (“turn only on green” ou algo do gênero).

Há também algumas rodovias com faixas de caronistas, que permitem o trânsito de carros com dois ou mais passageiros (em algumas cidades, como San Francisco, é apenas 3 ou mais, e somente em horários de pico).

4# Fastrak

O Fastrak é igual ao sistema Sem Parar e similares do Brasil. Vale à pena perguntar à empresa em que você alugou o carro se ele é dotado deste sistema e como utilizá-lo. Além de economizar muito tempo nos poucos pedágios que existem (em comparação com o Brasil), em determinados lugares, como a Ponte Golden Gate, por exemplo, só é possível retornar (direção sul) se você tiver o sistema – se não, terá de optar por um caminho que leva “apenas” duas horas a mais.

5# Parquímetros

Por lá não é permitido estacionar em guias rebaixadas ou em guias vermelhas. As de outras cores, a não ser que tenham alguma indicação, no geral podem. E, principalmente, grande parte delas – em especial em grandes centros – têm parquímetros, que funcionam como a zona azul, mas de forma mais inteligente. Em algumas cidades, é checado por uma central. Em outras, por um guarda que vai de parquímetro em parquímetro.

O limite geralmente é de duas horas e o preço normalmente é de 25 centavos para cada 12,5 minutos. O dinheiro é colocado imediatamente na máquina, sem nenhum intermediário vendendo cartões.

Ah, por sinal, acostume-se a moedas: lá eles têm 1 centavo (one nickel), 5 centavos (five cents), 10 centavos (one dime), 25 centavos (a quarter) e só. A moeda de um dólar é raríssima e não existe a de 50 centavos. Mas eles adoram enchê-lo daquelas de um centavo.

6# Taxas

Ao contrário do Brasil, as taxas não estão embutidas no preço. Então, para comprar alguma coisa, você verá, abaixo de tudo, um valor adicional, que varia de 6 a 10% do preço total, em taxa. O que é uma coisa legal, pois você sabe o valor do imposto, mas ao mesmo tempo burra, porque em tudo você tem de calcular o preço, que sempre é anunciado sem taxa. Além disso, algumas cidades têm uma taxa adicional para alimentos ou bebidas alcoólicas. Vale a pena se informar a respeito antes de viajar.

7# Gorjetas

É de praxe nos filmes ver os americanos dando gorjetas para os carregadores de malas, garçons e outros funcionários. E, bem, é verdade.

Em lojas como o Starbucks, por exemplo, não raramente os americanos deixam o troco como caixinha. E, em restaurantes, não é incluído o dez por cento no preço (a não ser que seja um grupo de seis ou mais – nesse caso, a gorjeta já é levada em conta), mas eles fazem uma pequena “sugestão” no final da nota com porcentagens e valores para você deixar – que vão de 15 a 30% do valor da conta.

Portanto, vá preparado. E o pior: se você não deixar, eles vêm cobrar. Eu mesmo passei por esta situação quando achava que os 10% estavam incluídos na conta, devido às diversas taxas. Mas não estavam, eles vieram cobrar e lá se foram 30 dólares de gorjeta.

8# Onde comer barato

Não adianta, a comida mais barata nos EUA é o fast-food. Chega ao ridículo de dois hambúrgueres custarem dois dólares, e um copo de refrigerante de qualquer tamanho custar um – isso, um – dólar. Então, se você quer economizar dinheiro, aí vão alguns nomes famosos: Mc Donald’s, Burguer King, Carl’s Jr., Wendy’s.

9# Onde comer saudável

Por outro lado, há também comida saudável em alguns restaurantes de fast-food e que não saem tão caro quanto uma steak-house ou algo do tipo.

Por exemplo, o Subway é uma solução saudável para lanches; o El Pollo Loco, grande cadeia nos EUA, serve frango assado, com uma refeição para 4 pessoas que sai por trinta dólares. Há também muitos restaurantes de comida mexicana, e outros de marcas menores e menos famosas.

Encontrei na pequena cidade de Napa um restaurante fast-food chamado Buckhorn, que vendia costela, rosbife, wraps e diversos pratos por um preço justo, ao redor de 10 a 15 dólares por pessoa. Os pratos são, no geral, bastante generosos, em especial as saladas.

10# Onde ficar

A dica, se você quer poupar uma grana, são as pousadas e motéis (que não são necessariamente para você fazer o que você está pensando, mas sim, para dormir). São pequenos hotéis, de qualidade um pouco inferior, que ficam em beiras de estradas (ou não, às vezes ficam na periferia, ou até mesmo no centro, mas são muito mais baratos), com diversos quartos que não possuem mais do que uma cama, um frigobar, uma televisão, uma máquina de café e um banheiro. São, entretanto, em maioria (mas não todos) limpos, bem cuidados e relativamente seguros.

Esses lugares não possuem copa, portanto não servem almoço ou jantar. O café da manhã não é lá essas coisas, mas, se você está pensando apenas em dormir, eles oferecem um ótimo custo-benefício. Um quarto para dois custa ao redor de 60 dólares (depende da cidade) e para três, 65. O preço deles é, no geral, 30% mais barato do que um hotel (pelo menos). Outra opção, quando você vai passar bastante tempo, é alugar uma casa, que sai bem mais barato. Contudo, você não contará com serviço de quarto, café da manhã e etc.

11# Dinheiro, cartão ou traveller’s check

Até o ano passado, não fazia muita diferença você usar dinheiro vivo, dinheiro em cartão de viagem ou traveller’s check. No entanto, em 2014 o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que incide em produtos comprados no exterior, foi reajustado. Com isso, para qualquer operação financeira realizada no exterior, o imposto é de 6,38%. Isso vale para cartão de crédito ou débito, cartão de viagem e traveller’s check.

As únicas exceções: dinheiro vivo, para o qual o IOF é 0,38%, e saque em conta do país que você está visitando, no caso de bancos que possuem agências internacionais. Neste caso, o IOF também é de 0,38%, mas geralmente paga-se uma taxa variável e salgada por cada saque, além de ser relativamente complicado abrir uma conta no exterior.

Portanto, a solução ainda é comprar o dinheiro e levá-lo no bolso. E, no caso de você optar pelo cartão, é melhor escolher pelo débito. O crédito dependerá da flutuação da moeda, e, no final de mês, sua conta pode aumentar – e muito.

David Nordon
David Nordon
David Nordon é médico e escritor.