19 dias, 16 treinos

Meus caros leitores da El Hombre, decidi executar uma tarefa hercúlea nestas férias: treinar todos os dias — absolutamente todos os dias da semana — e ver o resultado.

O título poderia incluir mais dias: inicialmente, seriam 24 dias e 23 treinos. No entanto, logo na primeira semana (que comecei na quarta, dia 9/01), tive de faltar dois dias (do fim de semana), por viagem. Desta forma, considerei os primeiros três treinos apenas como um “aquecimento”.

Seriam, então, 19 dias e 18 treinos, mas acabaram virando 16, como explicarei ao longo do artigo. Trago aqui, para vocês, em primeira mão, tudo o que encontrei nesta empreitada corajosa.

Mas, devo alertá-lo, cowboy: não tente isso, se você não estiver acostumado a fazer atividades físicas. Primeiramente, devo esclarecer que treino há muitos anos e, musculação, especificamente há seis anos. Em uma época mais tranquila da minha vida, efetivamente cheguei a treinar sete dias na semana – mas não apenas musculação. Na época, fazia também kung fu e natação.
Além disso, quem estabeleceu meus treinos e me deu as orientações foi o educador físico da academia que frequento. Nada de treinar feito louco em casa, sozinho!

Os treinos montados seguem a recomendação, já publicada aqui na El Hombre, do treino ABC: A: peitoral + tríceps + abdominal na bola, B: costas + bíceps + abdominal inferior na máquina, e C: membros inferiores + ombro + abdominal clássico.
Antes de todos os treinos, eu ia a pé para a academia, o que dá um percurso de mais ou menos 1200 metros. 800 metros, ao menos, eu fazia correndo, uns 100 metros, aproximadamente, em uma subida. No começo, chegava morrendo; ao final do sétimo dia, já estava mais tranquilo, e no décimo primeiro, quase imitei o Rocky subindo as escadas e gritando no topo.
A sensação que tive no final de tudo isso é que eu estava: mais magro, mais definido e, talvez, quem sabe, um passo mais próximo de me tornar o Wolverine. Possivelmente, foi tudo impressão minha, por causa da boa disposição que os treinos dão. Mas a esposa aprovou…

1# Perda de peso

Comecei o treino com 81,7kg. Ao fim do sétimo dia, estava com 80,5kg. Até o final, retornei a 81kg. Muito provavelmente, esta perda inicial de peso se devia à perda de água, e não gordura, apesar dos cuidados com reidratação. Minha pochetinha continuou igual do começo ao fim… Mas o ganho posterior, acredito, se deveu a massa muscular. É esperado um ganho de até um quilo por mês de treino. Apesar de já ter ganhado 14 nos últimos seis anos, acho que ainda consegui uma lasquinha.

2# Fome

Devo dizer que treinar todo dia dá uma fome de leão. Comia de 4 em 4 horas e, no almoço, destruía o que via pela frente. No entanto, com o passar do tempo, não sei se fui me acostumando, ou se a fome foi abrandando; acredito que o corpo se adaptou, e nos últimos dias de treino não estava com tanta fome quanto no começo. Mas foi bom poder comer à vontade e sem culpa!

3# Disposição e sono

Não preciso nem dizer que a disposição melhorou muito, assim como a qualidade e a necessidade diária de sono. Mas houve dias de preguiça, ah, com certeza… Só pelo El Hombre que me levantei para ir…

4# Aumento dos pesos

Ao menos uma vez, aumentei o peso de todos os exercícios; para alguns, aumentei mais de uma vez. É o mínimo esperado para 16 treinos!

5# Faltas e lesões

No décimo dia (quarta-feira, 23/01) de treino, faltei. Tinha dado mau jeito treinando ombro no dia anterior e, além disso, tive de andar quatro quilômetros à tarde. Juntando uma coisa a outra, achei melhor descansar. Sábado (26/01), décimo terceiro dia, seria um treino de membros inferiores e ombro, mas, ainda com dor importante no pescoço, achei melhor tirar este dia de folga também. Não adianta ficar forçando; quando dói, é importante descansar um pouco, como já falado na El Hombre. Além disso, naquela noite teria uma formatura em São Carlos, e o dia 27, domingo, era o acordado desde o início dos planos para não ter treino algum. E, se quer saber, a festa de formatura já foi treino suficiente… Com o repouso, reiniciei os treinos na segunda-feira sem problema algum.

Nas minhas próximas férias, em 2014, pretendo fazer o mesmo: não garanto que consiga os 30 dias efetivamente, mas vou tentar. E, desta vez, quero ver se consigo tirar as medidas exatas do antes e depois, para ver se realmente houve algum ganho de massa magra, ou não.