3 verdades difíceis de tolerar sobre novos relacionamentos

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Uma amiga me manda uma mensagem de madrugada e me pergunta: “Quando sair com os homens ficou tão complicado assim? Sair com alguém virou uma selva e ninguém mais sabe direito o que tem que fazer para a coisa funcionar.”

Esta conclusão está longe de ser pessimista, ela fala mais sobre tolerância. Até onde dá para aguentar e até onde você passa a fazer papel de besta quando começa a sair com alguém?

Não dá para negar que tentar arrumar alguém para sair ultimamente tem sido a coisa mais fácil do mundo com as duzentas opções tecnológicas que temos disponíveis. Com o Tinder, Facebook, Whatsapp tudo pode ser falado e combinado bem rápido e sem cerimônia.

O que permite também as pessoas o acesso deliberado a mentiras e invenções sobre suas personalidades. Desnecessário dizer, mas que todo esse contato não substitui a velha e boa borboleta no estômago de um encontro ao vivo.

A verdade é que dá vontade de ficar em casa vendo filme e comendo Nutella, mas a gente encara a vida e arruma uns encontros furados e até umas conversas ótimas na esperança de encontrar alguém decente. Ainda saímos porque realmente acreditamos que tem alguém por aí que vai deixar nossa vida mais leve e feliz.

Mesmo assim, tem algumas coisas não dá para aguentar.

1# Sua vida amorosa se resume ao telefone

Já se atentou ao fato de que ninguém mais liga para ninguém? Todas as conversas se resumem ao Whatsapp ou mensagens de texto. A onda agora é a seguinte: sua mensagem foi lida e ignorada com sucesso. É o novo tipo de rejeição que antes só existia ao vivo ou pelo telefone.

Quem só fica no teclado do telefone escrevendo, editando e apagando pensamentos tem tempo hábil para construir uma imagem que não é real. Quem encara o telefone mostra para o outro quem realmente é, com falhas, gaguejadas, risadas e todo o charme por não ter as respostas certas na ponta da língua. Isso tudo acontece pelo simples fato de que essa é uma conversa que não pode ser filtrada.

Telefone nos dá uma chance melhor do que o Whatsapp de ser quem somos de verdade. Encontros ao vivo então vão mostrar que cada um pode ser incrível à sua maneira. Viva a vida real.

2# Fingir que você não se importa

A coisa a ser feita quando começa a sair com alguém é fingir que você se importa menos do que você realmente se importa. Não é algo que você pode ou não fazer, é quase obrigatório nos dias de hoje ser low profile. Assim você não assusta o outro. E sinceramente, se uma pessoa se assusta porque você gosta dela onde isso pode te levar? E porque você gostaria de sair com alguém que se assusta com sentimentos?

A palavra é um pouco forte, mas o que é senão um covarde uma pessoa que se recusa a ter sentimentos genuínos ou comunicá-los ao outro? Ser honesto com você e com o outro é o primeiro passo de qualquer relação.

O fato é que quando se trata de gostar de alguém não existe segurança. Estamos todos nos jogando em algo novo, sem rede de proteção embaixo. Sem riscos de se machucar também não existem os riscos de ser feliz. Esse lance de fingir que você quer o que o outro quer é furada. Faz você aceitar sentimentos que na verdade não são reais e com isso ter menos do que merece.

E, por mais que você se esforce, você nunca será bom o suficiente para uma pessoa que não quer se comprometer. Depois não vai dizer que ninguém avisou se você se machucar de verdade.

3# Quem procura, acha

Essa todo mundo já fez ou vai fazer e vai concluir que não deveria ter feito ou não vai fazer nunca mais: fuçar nas coisas do outro. Uma carteira dando sopa em cima do balcão de casa, uma conta de e-mail aberta no iPad, um celular na mão e pronto, a oportunidade se apresenta.

Uma coisa é querer abrir mão da sua privacidade porque gosta de alguém. Outra coisa completamente diferente é ficar com quem você não confia. Pessoas que ficam tentando encontrar coisas e bisbilhotam tudo são inseguras. E pessoas inseguras destroem relacionamentos.

Julia Duarte

A jornalista Julia Duarte, autora do livro "Relacionamento Ioiô", ajuda os leitores do El Hombre a compreenderem o universo feminino. "Não tenho a fórmula do amor", ela diz. "Só quero deixar a pista menos escorregadia e o beco com saída."

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