Um dos filmes mais aguardados do ano está entre nós, mas será que é tudo isso mesmo? Coringa: Delírio a Dois traz de volta o icônico Arthur Fleck, interpretado por Joaquin Phoenix, agora acompanhado de Lady Gaga no papel de Lee Quinzel, em uma narrativa que mistura delírio, música e amor. Desta vez, o Coringa está preso em Arkham, enfrentando seus próprios demônios enquanto aguarda julgamento por seus crimes. No meio da escuridão, ele não apenas se depara com o amor verdadeiro, como encontra a música que sempre esteve dentro de si.
Já conferimos Coringa: Delírio a Dois e listamos 5 motivos para você assistir (ou não) o filme que pode ser o mais polêmico do ano – e dividir opiniões.
1) Sim, é um musical (por bem, ou por mal)
Se você não esperava um musical, prepare-se para a surpresa. Coringa: Delírio a Dois utiliza as sequências musicais como parte dos delírios de Arthur e Lee. Para alguns, essa mistura pode parecer corajosa e inovadora (assim como quem vos escreve), mas para outros, as cenas musicais podem soar deslocadas e um tanto quanto excessivas. A tentativa de homenagear clássicos do gênero pode não agradar todos, especialmente os que esperavam uma continuação mais sombria do primeiro filme, que não acontece.
2) Atuações impecáveis de Lady Gaga e Joaquin Phoenix
O grande trunfo de Coringa: Delírio a Dois são as atuações de Joaquin Phoenix e Lady Gaga. Phoenix continua a entregar uma performance densa e perturbadora, enquanto Gaga traz uma intensidade emocional que se destaca nas cenas musicais. Ambos conseguem explorar a complexidade de seus personagens, criando uma química insana e envolvente. No entanto, nem mesmo a excelência de suas atuações é suficiente para salvar alguns momentos do roteiro que se perdem na própria loucura, principalmente no desenvolvimento de Lee Quinzel (Lady Gaga), que certamente merecia mais profundidade.
3) Cenas que são verdadeiras obras de arte
Visualmente, Coringa: Delírio a Dois é impressionante. A fotografia é estonteante, usando a estética opressiva de Arkham para ampliar o clima sombrio e confuso. Muitas cenas são verdadeiros quadros em movimento – principalmente nos “delírios” – com uma composição que mistura surrealismo e o expressionismo, elevando o filme a um nível artístico interessante. Apesar disso, a beleza visual não consegue sustentar a narrativa em alguns momentos, deixando a impressão de que o estilo sobrepõe a história.
4) Sequência com boas ideias, mas que se perde em meio à loucura
O filme apresenta boas ideias e tenta aprofundar a psicose compartilhada entre Arthur e Lee, mas o roteiro frequentemente se perde na execução. Todd Phillips tenta misturar drama psicológico com musical, mas a falta de equilíbrio entre os gêneros faz o filme parecer desconexo em alguns pontos. As intenções são boas, mas o resultado final é um tanto caótico, que pode deixar o espectador confuso sobre a real mensagem que a história quer passar. É como se víssemos a mesma história do filme anterior, mas agora de forma mais bagunçada.
5) Um filme que vai dividir opiniões, e você precisa ter a sua!
Se há algo que Coringa: Delírio a Dois certamente vai fazer é dividir opiniões. Alguns vão amar a ousadia e a transformação do filme em um musical com camadas psicológicas, enquanto outros podem achar que a continuação não era necessária. O filme se esforça para ser diferente, mas essa tentativa de inovar pode não agradar aqueles que esperavam algo mais fiel ao tom do primeiro filme. De qualquer forma, é uma obra que vale a pena ser vista, justamente para gerar debates e reflexões.
OBS 1: Coringa: Delírio a Dois já está em exibição nos cinemas.
OBS 2: Lembrando que a classificação indicativa do filme é 16 anos.