5 motivos para repudiar (de novo) Dunga na Seleção Brasileira

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Será mais um erro da Confederação Brasileira de Futebol. Mais um. Dunga ainda não foi oficializado como o novo técnico da Seleção – o que deve ocorrer na terça-feira, data informada pela entidade do anúncio oficial do novo treinador – e já causa indignação em grande parte dos torcedores. Eu sou um deles.

Não consigo entender o motivo desta escolha. Além de ver treinadores com mais respaldo e currículo, tenho cinco motivos para contestar facilmente a opção da CBF no nome do capitão do tetracampeonato como o substituto do antiquário Luiz Felipe Scolari. Ei-los:

1# O futebol brasileiro precisa ser atualizado e recuperado

Um especialista em caneladas no campo e fora dele

O que Dunga trouxe de inovação de em sua passagem de agosto de 2006 até sua demissão ocorrida logo após a Copa do Mundo? Nada. Precisamos nos espelhar, estudar e saber as novas tendências do futebol moderno. Não vejo Dunga capacitado para tal empreitada. E você?

2# Momento de arriscar em um nome de grande aceitação

Dunga é detestado pela torcida brasileira

Depois do vexame histórico pela derrota por 7 a 1 para a Alemanha, na Copa do Mundo, o torcedor brasileiro queria ver algo novo com conceito também inovador a frente da Canarinho. Muricy Ramalho e Tite teriam tempo para trabalhar e se adequar ao molde diferente de trabalho da Seleção. Com suas experiências internacionais e dentro do futebol, tirariam de letra. Na Copa na Rússia, em 2018,  estariam no auge da experiência profissional.

3# Sem experiência e fora do mercado

Sua experiência é limitada à Seleção e ao Internacional

Ele é um comandante de grupo, não um profissional com técnica e qualidades para entender as variações táticas. Dunga não fez isso em sua primeira passagem pela Seleção, e não fará nesta possível nova. Se fosse bom, estaria empregado. Nenhum outro clube, a não ser o Internacional (onde é ídolo), apostou no trabalho do ex-volante pós-Copa de 2010. No Sul fracassou também, ganhou apenas um Gauchão, que é quase obrigação para qualquer treinador que trabalha por lá.

4# Dunga é teimoso

Felipe Melo, uma de suas criações

Ele foi criticado por uma semelhança com Felipão: montou a lista de convocados muito cedo, graças ao título da Copa das Confederações de 2009. Foi teimoso. Neymar e Ganso, que estavam voando naquele ano, ficaram de fora da Seleção para a disputa na África do Sul. No banco tinha opções ofensivas como Grafite e Julio Baptista.

Para piorar, todos sabiam que Felipe Melo é um jogador inconfiável em virtude de seu destempero emocional. Dunga manteve o volante no time titular, assim como Felipão fez com Fred. Não deu outra; Felipe Melo foi expulso no jogo que eliminou o Brasil em 2010 por ato imbecil, da forma temida pela maioria.

5# Causa mal-estar

Ninguém gosta de estar perto dele

Tanto na Seleção Brasileira quanto no Internacional (este principalmente) Dunga causa mal estar no grupo. Ficou evidente no Inter quando criticava seus jogadores publicamente e nunca assumia a culpa pelas derrotas. E não é só com seus atletas, os diretores também sofreram com o treinador.

Um colega que trabalhava na assessoria de imprensa do Colorado na época de Dunga contou que vários profissionais pediram para serem transferidos de área para evitar contato com o treinador. Além disso, o ex-volante fez da imprensa sua grande inimiga e forjou uma relação de ódio com jornalistas. Alex Escobar, hoje narrador da TV Globo, foi confrontado e xingado durante uma entrevista coletiva na África do Sul.

Conclusão? Estamos ferrados

Nosso novo coordenador técnico é um empresário de atletas

Hombres, temo pelo futuro da nossa seleção. Gilmar Rinaldi, como coordenador técnico. Dunga, como treinador. Alexandre Gallo, como responsável pelas categorias de base. O retrógrado José Maria Marin na presidência da CBF. O que o futuro reserva para o futebol brasileiro? Nada além do que Felipão e Parreira estavam fazendo. É triste.

Felipe Piccoli

Felipe Piccoli é especializado em jornalismo esportivo desde 2008. Com passagens pela Rádio Bandeirantes e pelo jornal Marca Brasil, hoje ele é coordenador de reportagem da Band.

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