6 passos para investir em ações

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Aquele momento de introspecção em que você reflete, suspira e reconhece: a poupança já era, preciso de algo mais rentável. Pronto, hombre: num simples insight, você acaba de despertar o investidor que há em você — e ele está faminto por liquidez. Mas, antes de limpar sua poupança e se aventurar nas mais promíscuas relações risco vs. retorno do mercado, vale a pena você conhecer as opções que mais combinam com seu perfil. Você é conservador ou agressivo? Gosta de correr riscos ou não?

Hoje falaremos de ações. Logo de cara, você precisa saber que elas são “pedaços” de uma empresa. É isso mesmo: quando você compra uma ação, ou papel, de uma companhia, você está adquirindo parte dela. Em geral, as empresas lançam ações na bolsa de valores para arrecadar uma grana e assim bancar um determinado projeto. É você, jovem investidor, ajudando uma companhia que te dá lucro a crescer. No Brasil, as ações são negociadas na única bolsa de valores do país, a BM&FBovespa.

Tá bom, já entendi… Mas, afinal, em quais papéis devo investir agora? Resposta: naqueles que tenham liquidez (sejam fáceis de comprar e vender, pela alta demanda); dão retorno (estejam valorizados e paguem bons dividendos); e tenham pouco risco (que não perderão valor com facilidade). Basicamente é isso.

É importante você ter em mente que ações não são tão indicadas para os mais emotivos. Elas sobem e descem — e levam seu dinheiro consigo. Ou seja, se uma companhia está mal, apresentando resultados ruins, suas ações provavelmente irão cair; se ela vai bem, performando como nunca, elas tendem a subir de preço. É simples: na baixa você perde e na alta você ganha dinheiro.

Portanto, antes de enfrentar as intempéries do mercado, siga algumas dicas:

I — Procure uma corretora de valores. Seus profissionais conhecem o mercado como ninguém e o auxiliarão na hora de comprar e vender ações.

II — Tenha sangue frio, esqueça do seu dinheiro. Estipule uma meta de longo prazo para o seu investimento e não se deixe levar pela emoção. Ações não são investimentos de curto prazo.

III — Compre na baixa e venda na alta. Essas são as duas leis do mercado acionário.

IV — Invista com disciplina: separe uma quantia mensal para realizar suas aplicações. Não há uma quantia certa, invista de acordo com a sua disponibilidade.

V — Informe-se sobre o mercado. Esteja por dentro de tudo o que acontece no universo das companhias nas quais aplica e nos setores nos quais ela atua.

VI — Diversifique seus investimentos. Não deixe todas as suas finanças em ações; procure outras opções como alternativa.

Como frisei, mercado acionário é emoção a dar com pau. Você deverá estar preparado para ver seu dinheiro se multiplicando ou — aqui que a brincadeira começa! — ver seu dinheiro virando pó, caso seja teimoso e não comece seguindo as regras básicas acima. Mas, acima de tudo, trata-se de um ótimo exercício de disciplina e foco.

Às compras, senhores!

André Rossi

Jornalista especializado em finanças, André Rossi passou pelo curso de jornalismo econômico do Estadão e atualmente é repórter da revista Capital Aberto. Toda noite, antes de dormir, ele acende uma vela para Jesus ajudar o seu Palmeiras a subir.

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