“Todo mundo tem vontade de ganhar”, disse certa vez Bobby Knight, um dos maiores técnicos da história do basquete universitário americano. “Mas poucos têm vontade de se preparar para ganhar.”
Realmente, quem não gostaria de ser o melhor profissional na sua área de atuação? Ou, pelo menos, um dos melhores? Provavelmente a resposta unânime é “eu”.
Mas são raras as pessoas dispostas a, de fato, batalharem por isso – porque requer um nível de comprometimento e esforço que vai muito além da nossa zona de conforto.
A boa notícia? Se você está mesmo decidido a se tornar um especialista em qualquer assunto, seja no trabalho ou num hobbie, isso está ao seu alcance. Selecionamos alguns conselhos de como levar este plano adiante.
Não sobrecarregue sua mente e seu corpo. A melhor estratégia é se dedicar a um talento por vez.
Quer aprender, sei lá, a tocar piano? Bote energia e intensidade nesse objetivo. Se você tentar virar um pianista e guitarrista ao mesmo tempo, provavelmente vai fazer as duas coisas mal.
Isso não significa que você deve ficar amarrado ao mesmo objetivo para sempre.
Assim que um talento for dominado, você pode partir para o seguinte se quiser. Apenas se lembre de continuar praticando o anterior — ainda que com menos intensidade — para não perder o jeito ou ficar desatualizado.
A figura de um mentor faz toda a diferença no processo da aprendizagem. Pode ser um professor, um chefe, um coach, tanto faz.
O importante é buscar lições e conselhos daqueles que já trilharam a trajetória na área que você pretende dominar.
Uma alternativa que a tecnologia hoje nos oferece: YouTube. Com certeza você encontrará um canal (ou mais) que pode ajudá-lo a chegar onde deseja.
Leias livros, acompanhe blogs, faça aulas, se matricule em cursos, veja vídeos no YouTube… Vale de tudo para expandir o seu conhecimento.
Benjamin Franklin, um dos maiores líderes da história americana, dizia que “investir em conhecimento rende sempre os melhores juros”.
O conhecimento teórico é o alicerce do nosso projeto. O que vem depois? Praticar, praticar e — quando você estiver cansado — praticar ainda mais um pouco.
Um estudo da década de 1990 se popularizou ao afirmar que é preciso 10 mil horas de prática para você ter uma performance de elite em qualquer área.
Essa história tem um fundo de verdade, mas cientistas posteriores acrescentaram uma ressalva importante: ainda mais importante do que o volume do treino é a qualidade dele.
Em outras palavras? Antes se dedicar a uma tarefa com concentração total durante 30 minutos do que fazê-lo distraidamente por 60 minutos.
E, claro, essas 10 mil horas dizem respeito a artistas e atletas de ponta. Você pode colocar essa meta em sua carreira. Mas em relação aos hobbies, algumas centenas já serão o suficiente para você se destacar.
A repetição é um fator importante para dominar uma habilidade, mas você não pode ficar preso a ela eternamente, ou você será aquele cara que há 10 anos toca as mesmas três músicas no violão.
Que tal trocar o disco? Mude mais. Erre mais. Aprenda mais.
Fazendo um paralelo com o mundo dos esportes, não dá para evoluir se você sempre jogar squash com seu velho freguês. É preciso enfrentar alguém que te leve ao limite, que te motive a melhorar.
Um grande jogador de poker dizia o seguinte: “Se você nunca é pego blefando, é porque está blefando pouco.” Isso serve para tudo na vida. Se você nunca erra, é porque está arriscando pouco.
Se você tem um mentor para te guiar nesta jornada – chefe, professor, etc – peça feedbacks constantes. Assim você pode saber onde está errando e como fazer para melhorar.
Caso você esteja na balada do autodidata, reserve algum tempo para a autoanálise. Nunca pare de corrigir seus pontos fracos. São eles que demandam mais atenção. Sempre.
Nunca deixe barreiras mentais te impedirem de fazer qualquer coisa. Como diz aquela máxima, cuidado com o medo: ele adora roubar o sonho dos outros. Muitas pessoas, quando esbarram no primeiro obstáculo, pensam: “Eu não tenho jeito para isso”.
Mas quer ouvir uma coisa surpreendente?
Num estudo americano com jovens jogadores de xadrez, os pesquisadores descobriram que aqueles com QI mais baixo às vezes acabavam se sobressaindo, porque eles se sentiam em desvantagem de talento – e compensavam isso trabalhando mais duro.
Como resultado, eles muitas vezes superavam o nível de seus colegas mais talentosos.
Então bora sair da zona de conforto, senhores, e levar as suas habilidades ao próximo nível?
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