Desenvolvimento Pessoal

7 conceitos japoneses que podem melhorar sua vida

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E aí, senhores, Pedro Nog por aqui. Um dos meus sites americanos preferidos de lifestyle é o “Art of Manliness”, que sempre traz conselhos práticos e úteis para a nossa vida. Nos últimos dias, o fundador do AoM, Brett McKay, fez um artigo excelente sobre “7 conceitos japoneses que podem melhorar sua vida”. Para quem gosta de ler em inglês, eis aqui o link dele. Mas para quem prefere ler em português, fizemos abaixo a tradução do conteúdo aqui no El Hombre. Aproveite.


Como muitos meninos americanos que cresceram nos anos 1980, eu amava “Karate Kid”. Durante meses, quando tinha cinco anos, exigia que minha família me chamasse de “Daniel-san” em vez de Brett.

Além de me incutir o desejo de dar um chute estilo guindaste em todos, “Karate Kid” também implantou em mim um interesse inicial pela cultura japonesa. Quando tinha cinco anos, lembro-me de montar um pequeno santuário Shinto de papel de construção, palitos de picolé e cola Elmer para que eu pudesse ter uma configuração semelhante ao dojo do Sr. Miyagi no meu quarto. É engraçado pensar em um garoto de cinco anos que frequenta a igreja no meio de Oklahoma criando um santuário Shinto para si mesmo.

Meu apreço pela cultura japonesa se aprofundou desde então e continua até hoje. Uma das coisas que amo nos japoneses é que, como os antigos gregos, eles podem pegar ideias ou conceitos complexos e resumi-los em uma única palavra ou frase. Estas frases podem servir como lembretes de como viver uma vida próspera. Guardei alguns destes conceitos japoneses ao longo dos anos e os incorporei à minha vida.

Aqui estão sete dos meus favoritos:

1# Kaizen: Buscando melhoria contínua

Kaizen é um termo japonês que significa “melhoria contínua”. É a ideia de fazer pequenas mudanças incrementais ao longo do tempo para melhorar sua vida e alcançar seus objetivos. Os japoneses acreditam que até mesmo pequenas mudanças, feitas consistentemente, podem acumular um significativo juro composto.

Resumindo? Tente melhorar apenas 1% todos os dias. Se você fizer pequenas melhorias ao longo de meses, anos e décadas, poderá mover montanhas.

2# Ikigai: Encontrando seu propósito

Ikigai é um conceito japonês que se traduz em “uma razão para ser”. É a ideia de encontrar o propósito de alguém na vida e alinhá-lo com suas paixões, habilidades e valores. Os japoneses acreditam que encontrar e seguir seu ikigai é a chave para uma vida longa e feliz.

Ikigai é semelhante à ideia hindu de dharma, ou à ideia de Nietzsche de “tornar-se quem você é”.

3# Oubaitori: Evitando comparação com outros

Os caracteres que formam oubaitori representam quatro árvores diferentes que florescem no Japão na primavera: cerejeira, damasco, pêssego e ameixa. Cada árvore floresce à sua maneira e no seu próprio tempo, e cada uma tem uma flor e um fruto distintos. Oubaitori como conceito cresce a partir desta imagem arbórea e refere-se à ideia de evitar o hábito de se comparar com os outros e abraçar sua jornada e linha do tempo únicas.

Theodore Roosevelt (outro apreciador da cultura japonesa) disse famosamente: “Comparação é o ladrão da alegria”. E ele estava certo. Notei que tendo a me sentir mais para baixo quando começo a medir meu sucesso em relação ao sucesso dos outros. Sempre que começo a fazer isso, lembro-me de praticar oubaitori. A palavra serve como um gatilho para desviar meu foco dos outros e voltar para o meu próprio caminho.

4# Wabi-Sabi: Abraçando a imperfeição

Wabi-sabi é uma filosofia japonesa que abraça a imperfeição e a transitoriedade. Como o artista Leonard Koren colocou, wabi-sabi é sobre encontrar beleza no “imperfeito, no impermanente e no incompleto”. É a ideia de que as falhas não negam necessariamente o valor de algo.

Embora o wabi-sabi seja frequentemente aplicado a objetos como cerâmica, ele também tem ressonância na forma como pensamos sobre todos os tipos de projetos e até sobre nós mesmos. Enquanto há um lugar para buscar excelência e perfeição na vida, em determinado momento, essa busca pode atrapalhar o progresso.

Pense no escritor que nunca consegue entregar um manuscrito porque continua mexendo nas edições, no cara que nunca começa um negócio porque fica ajustando seu plano de negócios, ou na pessoa que é paralisada pela ansiedade sempre que comete um erro. Em certo ponto, você tem que dizer para si mesmo, “Wabi-sabi.” Você tem que abraçar a imperfeição como inerente a toda arte, a todo esforço e à própria condição humana — e seguir em frente.

5# Hara Hachi Bu: Comendo até estar 80% cheio

Hara hachi bu é um ditado japonês que significa “comer até estar 80% cheio”. Este conceito originou-se na ilha de Okinawa (lar do Sr. Miyagi, claro), onde as pessoas usam o mantra para evitar comer demais e os efeitos nocivos que isso traz.

Muitos de nossos problemas relacionados à dieta e obesidade poderiam ser resolvidos se as pessoas comessem com mais intuição e atenção: se desacelerassem e saboreassem sua comida, comessem apenas enquanto comem (em vez de comer enquanto mexem no telefone ou assistem TV), e parassem de comer assim que seus corpos sinalizassem que já tiveram o suficiente — antes de se sentirem empanturrados. Gosto da ideia de hara hachi bu de se afastar da mesa quando você está 80% cheio, porque geralmente quando me sinto completamente cheio, já comi demais. Manter um peso saudável requer deixar um pouco de vazio no estômago — comer até o ponto em que você poderia ter mais algumas mordidas, mas não o faz.

6# Shikata Ga Nai: Aceitar o que você não pode mudar

Shikata ga nai é um conceito japonês que significa “não pode ser ajudado”. Esse conceito se baseia em aceitar as coisas que não podemos mudar e deixá-las ir.

Shikata ga nai remete à filosofia estoica. Muitas das nossas frustrações na vida vêm do fato de que nossas expectativas não correspondem à realidade. Queremos que as coisas sejam de um jeito quando elas são diferentes. Shikata ga nai é um lembrete para aceitar as coisas como elas são e seguir em frente. Ao reconhecer o que não podemos controlar, eliminamos a angústia e a frustração, mas, mais importante, nos permite focar nas coisas que podemos mudar e trabalhar para melhorá-las.

Shinrin-Yoku: Banho de floresta

Shinrin-yoku é a famosa prática antiga japonesa do “banho de floresta”. Isso envolve “absorver a atmosfera da floresta” para obter os muitos benefícios físicos, mentais e espirituais que você obtém ao passar tempo na natureza.

Shinrin-yoku não se trata de atravessar a floresta com o único objetivo de percorrer uma certa distância em uma caminhada. Trata-se de experimentar a natureza com todos os seus sentidos: prestar atenção ao suave tapete de pinhos sob seus pés, à maneira como os raios de sol filtram através dos galhos das árvores e ao som de um riacho borbulhante que corre ao lado da trilha. Trata-se de realmente se imergir no mundo natural.

Qualquer tipo de natureza cura o corpo e a alma, mas quanto mais selvagem for, maior será seu efeito restaurador. Eu realmente gosto da regra 20-5-3 de Michael Easter para a quantidade de tempo a ser gasto ao ar livre:

  • 20 minutos três vezes por semana em locais como um parque urbano ou jardim botânico;
  • 5 horas por mês em uma área semisselvagem, como um parque estadual;
  • 3 dias por ano acampando, fazendo trilhas ou hospedando-se em uma cabana na natureza selvagem.

Ao atingir essas metas, você certamente terá banhos de floresta suficientes para se livrar da sedimentação que sufoca o espírito da vida civilizada.

FONTE: Art of Manliness

Pedro Nogueira

Fundador e editor-chefe do "El Hombre" e do "Moda Masculina". Adora jogar tênis, ler livros e passear com seus pets.

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