Hoje aconteceu a premiação do Bola de Ouro da FIFA, evento que escolhe o melhor jogador do ano. Sem surpresa alguma, Messi faturou pela quinta vez o prêmio, voltando a conquistá-lo após ver Cristiano Ronaldo levar o título nos últimos dois anos.
E além dos dois, Neymar também estava na disputa, o que muito alegrou os brasileiros, pois não havia um jogador nos representando na premiação desde 2007, quando Kaká foi eleito o melhor jogador do mundo.
No entanto, sabíamos que Neymar estava apenas completando o pódio e que não havia possibilidade alguma dele levar esse troféu – o que não dimimui em nada suas grandes realizações no ano que passou.
O brasileiro fez uma temporada 2014/15 excelente, ajudando em muito o Barcelona a conquistar tudo – mas ainda não dá para compará-lo com Messi, o insuperável.
Há que goste de fazer essa comparação relativizando, ou seja, considerando não o Messi de hoje, mas o Messi de 23 anos, idade de Neymar. Mas mesmo assim é ter muita boa vontade: nessa altura Messi já havia conquistado duas vezes o Bola de Ouro.
A votação foi feita por técnicos e capitães de diversos times do mundo, além de jornalistas esportivos. No final, a porcentagem ficou assim:
- 41% – Messi
- 27% – Cristiano Ronaldo
- 7% – Neymar
Neymar recebeu o que merecia nos votos da premiação. Nem a mais e nem a menos.
Certamente também há quem diga que Ronaldo não foi melhor que Neymar na temporada. Para isso, utilizam um forte argumento: as conquistas. Enquanto CR7 não conquistou nada com o Real Madrid na temporada passada, o brasileiro conquistou tudo que disputou com o Barça.
Acontece que essa é uma premiação individual – e os números do português sob essa perspectiva são bem mais expressivos: Neymar marcou 39 gols em 51 partidas na temporada; já Ronaldo anotou absurdos 61 tentos em 54 jogos.
Não estou querendo desconsiderar as conquistas. É claro que elas são relevantes. Mas para uma premiação individual não se deve colocá-las acima do próprio desempenho pessoal.
É vero que nosso amigo português não levantou caneco nenhum. Mas, diz aí, dá para comparar a qualidade de seus companheiros com a qualidade dos companheiros de Neymar? Entre Bale/Benzema e Suárez/Neymar há uma discrepância ridícula de habilidade futebolística. Favorecer isso é favorecer o coletivo num prêmio individual.
Hashtag não faz sentido!
Logo, 7% dos votos está de bom tamanho para nosso jovem garoto.
Um dado interessante é que quem votou no brasileiro foram personalidades de países que não são lá tão expressivos no futebol, como você pode ver nessa matéria da ESPN.
O que isso significa? Sei lá, tire suas conclusões.
Fato é que Neymar é um jogador de futebol excepecional – mas vai precisar de muito mais para superar os alienígenas Messi e Cristiano Ronaldo.