O número crescente de academias no Brasil é sintoma do aumento de procura das pessoas pela musculação. O problema disso é que muitos novatos acabam sendo “educados” por outros frequentadores que não sabem o que estão fazendo.
E assim começa o ciclo de um mito do treinamento físico. Hoje estamos cheios deles.
Para alertá-lo sobre essa realidade, decidimos listar alguns mitos e esclarecê-los. Assim você se torna capaz de se prevenir e de garantir que não está fazendo algo errado – mesmo que todos na sua academia cometam esse equívoco.
1# “Suplementos são superiores a comida”
Suplementos são, em sua maioria, alimentos desidratados. Imagine que o Whey Protein concentrado é na verdade o soro do leite desidratado, que a albumina é clara de ovo desidratada e etc. Existem, sim, outros compostos que são menos “naturais”, mas a moral da história é que eles não são superiores à comida, principalmente quando pensamos no fator micronutrientes. Os suplementos servem para complementar sua dieta. Ou seja, eles são uma (pequena) parte da sua alimentação.
2# “Fazer aeróbio para emagrecer”
Na verdade, o que você precisa para emagrecer é fazer dieta. O gasto energético durante uma caminhada ou corrida é muito pequeno se comparado ao quanto você consegue consumir. Por isso, para emagrecer é necessário somar uma dieta adequada a exercícios aeróbios — e anaeróbios (musculação), se você não quiser perder massa muscular.
3# “Trabalhar apenas uma parte de um músculo”
É muito comum ouvir que peck deck trabalha a parte interna do peitoral e que rosca scott trabalha a parte de baixo do bíceps. Mas isso não existe. O músculo é preso em “duas pontas” e quando você o contraí o que acontece é uma aproximação dessas duas pontas. Portanto, não tem como trabalhar apenas uma parte do músculo, somente o músculo todo.
4# “Não alongar antes/depois do treino provoca lesões”
Acabamos de falar sobre esse mito, que é muito popular, inclusive entre educadores físicos, aqui. O alongamento não previne lesões. Possuir uma musculatura em comprimento ideal pode sim fazer diferença, mas isso não é alcançado com um alongamento de 10 segundos antes ou depois do treinamento. Para melhores resultados aqueça, treine e procure alongar as musculaturas que você não trabalhou no dia.
5# “Ter que treinar todos os dias para obter resultados”
A frequência de treinamento adequada depende principalmente do seu nível de condicionamento. Se você está iniciando nos exercícios, vai ter mais benefícios se treinar menos frequentemente (3 vezes por semana) com treinamentos que trabalhem o corpo todo. Mas se você está se exercitando há muito tempo, o ideal é aumentar a frequência de treinamento, pois chegará um momento (dependendo do seu objetivo, vale notar) que se exercitar somente por 1 hora e 3 vezes por semana será pouco.
6# “Cortar os carboidratos à noite”
Cortar carboidratos à noite é uma estratégia que possuí um raciocínio lógico. O que dizem é que, como você não vai gastar (muita) energia enquanto dorme, vai estocar o nutriente como gordura. Mas não podemos esquecer que possuímos reservas de carboidrato (glicogênio) no organismo também. O ponto é que muitas pessoas treinam à noite. Nesse caso, o certo é consumir carboidrato e proteína logo após os exercícios para repor os estoques de glicogênio, melhorar a recuperação e, principalmente, não perder massa muscular.
7# “Cortar gordura da alimentação”
Consuma gordura. Não estou recomendando que você coma frituras ou comidas recheadas de gordura, mas o corpo humano necessita dessa substância para produção hormonal. Por isso, cortar esse macronutriente não é o ideal. É necessário ter um consumo de gordura (de todos os tipos, menos a trans) balanceado de acordo com sua dieta.
Com um pouco de informação, você já está no caminho de resultados melhores e mais rápidos. E lembre-se sempre de consultar um profissional antes de iniciar qualquer dieta e treinamento.
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