Charles Dickens, um dos escritores mais célebres e influentes do século XIX, foi segundo o intelectual argentino Jorge Luis Borges “um dos grandes benfeitores da humanidade”. Borges referia-se tanto às reformas pelas quais o britânico advogou, e nas quais teve êxito, quanto à sua obra monumental, que até os dias de hoje propicia deleite e felicidade a leitores do mundo todo.
Dickens usava sua pena afiada para descrever a sociedade de sua época, a Inglaterra Vitoriana, com um misto de crítica e humanidade. Nascido em 1812, Dickens é conhecido por suas narrativas envolventes, personagens memoráveis e sua habilidade ímpar de capturar as complexidades da vida e da sociedade. Entre suas obras mais notáveis, destacam-se Oliver Twist, David Copperfield, Um Conto de Duas Cidades e a minha predileta entre estas, Grandes Esperanças.
Com uma escrita que varia entre o humor sutil e a crítica social acerba, ele nos deixou um legado que perdura até os dias atuais, não apenas através de suas histórias, mas também pelas frases profundas e inspiradoras que criou. E hoje convidamos você, caro leitor, a continuar neste texto e mergulhar nas palavras de Dickens que, mais do que meros arranjos de letras, são janelas para uma época e reflexões que ressoam até hoje.
Graças a alguma lei justa e compensatória dessa vida, se por um lado a doença e a tristeza são contagiosas, por outro também não há nada mais irresistivelmente contagioso do que o bom humor e uma gargalhada.
Um Conto de Natal, 1843
A loucura e a serenidade – assim é a vida!
Grandes Esperanças, 1861
Amizades fundadas em parcerias desonrosas jamais são legítimas.
A Child’s History of England, 1851
Um fato maravilhoso que merece reflexão é o de que toda criatura humana constitui um profundo enigma e um mistério para todas as outras. Quando chego a uma grande cidade à noite, pondero de modo solene que cada uma daquelas casas sombriamente agrupadas encerra os seus próprios segredos; que cada coração pulsante nas centenas de milhares de peitos que há ali é, em algumas de suas fantasias, um segredo para o coração que lhe está mais próximo.
Um Conto de Duas Cidades, 1859
Tome como objetivo de vida a busca da fraternidade e do bem comum, e abra as portas de seu coração para a caridade, a misericórdia, a tolerância, a paciência e a bondade.
Um Conto de Natal, 1843
Jamais julgue pelas aparências. Julgue sempre pelas provas. Não há regra melhor.
Grandes Esperanças, 1861
Deus sabe que jamais devemos nos envergonhar das nossas lágrimas, pois elas são a chuva que dispersa a poeira ofuscante da terra, que recobre nossos corações empedernidos.
Grandes Esperanças, 1861
Reflita sobre as suas bênçãos presentes, que certamente são muitas, e deixe para trás os arrependimentos e tristezas do passado, que são comuns a todos os humanos.
Um Conto de Natal, 1843
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