Imagine que chegará ao seu setor um novo chefe daqui a três dias. Uma enorme interrogação se formará nas mentes de todos os colegas de equipe:
“Será ele ou ela?”
“Centralizador ou participativo?”
“Técnico ou relacional?”
Essas e outras expectativas vão povoar conversas, pensamentos, sonhos e pesadelos daqueles que aguardam a concretização do processo de sucessão entre o antigo gestor e o que está para chegar. Num ponto, todos parecem concordar: ser colaborativo com aquele que chega é a melhor forma de causar uma boa impressão e afastar qualquer tipo de ameaça à manutenção do emprego.
Mas, como se mostrar disposto a colaborar, sem ser confundido com os “puxa sacos” que povoam os ambientes de trabalho? A resposta a essa pergunta passa pela capacidade de estabelecer uma fronteira clara para o relacionamento com o novo chefe.
Seguem algumas dicas para não passar do limite, forçando um tipo de intimidade que inexiste:
- Não sonegue informações sobre o trabalho que vem desenvolvendo; a melhor fórmula é apresentar um plano de trabalho objetivo.
- Evite criticar o antigo chefe, mesmo que outros lhe provoquem a fazê-lo.
- No dia a dia, cumprimente o novo chefe de forma natural; muita efusividade pode ser mal interpretada.
- Seja sóbrio, econômico e verdadeiro ao fazer elogios a ele.
- Procure demonstrar que suas verdadeiras intenções são de apoiá-lo, nunca de puxar-lhe o tapete.
- Não bisbilhote os hábitos e preferências pessoais do novo chefe.
- Mostre-se flexível e disposto a se adaptar ao novo modelo de gestão do setor.
- Por fim, o tiro certeiro para fazer bonito é gerar resultados consistentes e duradouros.
A tendência natural é que a convivência diária e a proximidade estreitem o relacionamento entre você e seu novo chefe. Mas é preciso ter paciência, pois o processo é gradual e conduzido pela sua performance técnica e atitudes.
Lembre-se que por mais que haja chefes que pareçam gostar de ter “babões” por perto, estes sempre serão vistos como seres caricatos, limitados e descartáveis.