Steven Spielberg é o cineasta mais famoso e mais bem sucedido da história. E, para muitos, está entre os mais talentosos, também.
É difícil, por exemplo, dizer qual é seu melhor filme entre tantas obras tão aclamadas, como O Resgate do Soldado Ryan (Saving Privaet Ryan, 1998), A Lista de Schindler (Schindler’s List, 1993), Os Caçadores da Arca Perdida (Raiders of the Lost Ark, 1981), E.T. – O Extraterrestre (E.T. the Extra-Terrestrial, 1982), Tubarão (Jaws, 1975) e Jurassic Park (1993).
Essa última, aliás, tanto não saiu da memória dos cinéfilos que, semana passada, ganhou sua terceira continuação, mais de 20 anos após o original. O fato é que é impossível falar sobre o que Hollywood representa hoje em dia para o cinema, sem falar em Spielberg.
Portanto, comemorando a volta aos cinemas de uma de suas crias, fizemos uma lista dos motivos que tornam o cineasta tão icônico, importante e inesquecível.
Seus pupilos
Robert Zemeckis, diretor de Uma Cilada Para Roger Rabbit (Who Framed Roger Rabbit, 1988) e da trilogia De Volta Para o Futuro (Back to the Future, 1985), deve todo seu início de carreira a Spielberg, que acreditou no potencial do, na época, jovem cineasta.
Zemeckis, já não mais precisando da ajuda de seu mentor, depois viria a fazer outros longas importantes, como Forrest Gump (1994), Contato (Contact, 1997) e Náufrago (Cast Away, 2000).
Além dele, Spielberg tem um papel importante nas carreiras de outros nomes, como Joe Dante, Chris Columbus, Gore Verbinski e Sam Mendes.
As músicas
John Williams é talvez o maior compositor da história do cinema. Entre suas composições mais clássicas, estão as trilhas sonoras de Superman (1978) e das séries Star Wars e Harry Potter. Ele já foi indicado ao Oscar 49 vezes (isso mesmo, 49), ganhando 5 estatuetas. Dessas, 16 indicações e 3 vitórias foram com trilhas para os filmes de Spielberg, incluindo A Lista de Schindler.
E se as músicas feitas para Superman, Star Wars e Harry Potter renderam alguns de seus 7 mais icônicos temas, os outros 4 foram para obras de Spielberg: E.T., Tubarão, Jurassic Park e a série Indiana Jones. Quem não se lembra dos filmes ao ouvir as músicas ou vice-versa?
O Oscar
No Oscar, ele foi indicado 7 vezes a Melhor Diretor: Contatos Imediatos de Terceiro Grau (Close Encounters of the Third Kind, 1977), Os Caçadores da Arca Perdida, E.T. – O Extraterrestre, Munique (Munich, 2005), Lincoln (2012), A Lista de Schindler e O Resgate do Soldado Ryan, ganhando pelos dois últimos.
Também obteve 8 indicações a Melhor Filme, ganhando por A Lista de Schindler. Além de Tubarão, que não foi produzido por ele, mas também ganhou uma indicação na categoria principal.
Outras funções
Spielberg não é apenas um diretor consagrado, ele também escreveu o roteiro do clássico do terror sobrenatural Poltergeist (1982) e criou a história do clássico da aventura adolescente Os Goonies (The Goonies, 1985).
Isso, além de ter sido o produtor executivo de diversos outros sucessos, incluindo Gremlins (1984), De Volta Para o Futuro, Uma Cilada Para Roger Rabbit, Cabo do Medo (Cape Fear, 1991), MIB – Homens de Preto (Men in Black, 1997), Transformers (2007), entre outros.
Por último, vale lembrar que Steven fundou a DreamWorks, uma gigante produtora estadunidense.
Efeitos visuais
Não são poucos os que dizem que os efeitos visuais de Jurassic Park, feito mais de 20 anos atrás, são melhores que os de Jurassic World, lançado semana passada. Realmente, Spielberg é um mestre em conduzir efeitos especiais, desde Tubarão, onde o fato de não exagerar na presença do animal na tela foi essencial não apenas para o suspense do filme, como para o realismo do boneco. E são sempre efeitos funcionando perfeitamente a serviço da história, sem tentar excedê-la.
Nove longas seus foram indicados ao Oscar de Melhores Efeitos Visuais, sendo que Os Caçadores da Arca Perdida, Indiana Jones e o Templo da Perdição, E.T. e Jurassic Park ganharam a estatueta. O último, de fato, é um revolucionário marco da tecnologia e deverá ser para sempre lembrado nesse quesito, principalmente.
Cenas clássicas
Mais do que qualquer coisa, talvez o que mais fique para a história e na memória dos cinéfilos são as grandes cenas. E Spielberg conseguiu criar diversas sequências icônicas que, em sua maioria, são bastante conhecidas até por quem nem viu os filmes, e parodiadas à exaustão.
A verdade é que seus melhores longas são feitos de várias cenas clássicas, mas para ficar apenas em algumas, podemos falar de toda a sequência inicial de O Resgate do Soldado Ryan; o voo da bicicleta em E.T.; o copo d’água em Jurassic Park; o embate final em Tubarão; a troca do ídolo de ouro em Os Caçadores da Arca Perdida e a garota de vermelho em A Lista de Schindler.
Bilheteria
Tubarão é considerado o primeiro blockbuster dos cinemas, influenciando os grandes estúdios a investirem pesado para lançamentos de verão. Mas Tubarão – com 470 milhões de dólares – não é o único grande sucesso de bilheteria de Spielberg, que é o diretor que mais arrecadou na história, com mais de 9 bilhões de dólares, em 27 longas dirigidos.
Contando os relançamentos, E.T. – O Extraterrestre fez quase 800 milhões e Jurassic Park fez mais de 1 bilhão. Mas o mais interessante é que ele conseguiu fazer isso, em sua maior parte, com obras que são bastante admiradas não só pelo público, mas também pela crítica e por cinéfilos.
Talento para contar histórias
Dizem que, ao fazer um filme, Spielberg sabe exatamente em que momento cairá a primeira lágrima do espectador. Realmente, suas obras costumam ser bastante emocionais e a mão do cineasta é bem forte nesse quesito.
Mas não é só nisso que ele tem talento. Spielberg também é um exímio diretor de cenas de ação e um magistral criador de tensão na grande tela.
Com tantos talentos, ele acabou conseguindo sucessos de público e de crítica em vários gêneros diferentes. Tubarão é constantemente citado como um dos maiores suspenses de todos os tempos. Contatos Imediatos de Terceiro Grau é um ícone dos filmes sobre alienígenas, mas óbvio que menos que o E.T., que encantou tantas famílias. Na ficção futurista, adaptou o mestre Philip K. Dick no inteligente Minority Report (2002) e herdou o sensível projeto A.I.: Inteligência Artificial (Artificial Intelligence: AI, 2001) de ninguém menos que Stanley Kubrick.
Adaptou outra grande obra literária, no emotivo A Cor Púrpura (The Purple Color, 1985). Fez o excepcional filme de guerra O Resgate do Soldado Ryan. Os aclamados dramas históricos Munique e A Lista de Schindler. A cinebiografia de Lincoln. O divertido filme de crime Prenda-me Se For Capaz (Catch Me If You Can, 2002).
E no gênero de aventura então, dirigiu a surpreendente animação As Aventuras de Tintim (The Adventures of Tintin, 2011), a icônica série de filmes de Indiana Jones e a excepcional ficção de suspense Jurassic Park.
E mais. Passou por todos esses gêneros, sempre deixando suas marcas.
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