Desenvolvimento Pessoal

A arma secreta deste neurocientista para melhorar a memória: ler livros de ficção

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Se você é uma pessoa ocupada, sentar-se com um livro de ficção pode parecer apenas uma maneira leve e agradável de relaxar. Mas a ciência sugere que a literatura oferece ao nosso cérebro muito mais do que apenas distração e alívio do estresse.

Pesquisas sugerem que a leitura profunda e concentrada — aquela que fazemos quando nos aprofundamos em um ótimo romance — desenvolve habilidades mentais importantes, como foco e empatia, bem como a capacidade de analisar informações complexas e argumentos conflitantes. A leitura não apenas enche nossos cérebros com imagens e ideias. Na verdade, ela reestrutura a forma como pensamos sobre elas.

Tudo isso se soma a um bom argumento para que você queira se juntar a super-realizadores como Bill Gates, Barack Obama e Jeff Bezos e reservar mais tempo para a ficção em sua agenda. Mas, se ainda está com dificuldades para encontrar tempo para a literatura, talvez Richard Restak, neurologista e autor de 20 livros sobre o cérebro, possa convencê-lo. Restak insiste que os romances têm mais um benefício subestimado para o cérebro — eles também ajudam a manter nossa memória afiada à medida que envelhecemos.

A relação entre ficção e uma mente afiada

O novo livro de Restak, “The Complete Guide to Memory: The Science of Strengthening Your Mind” (O Guia Completo da Memória: A Ciência de Fortalecer Sua Mente), trata de combater os problemas de memória cotidianos que afligem a maioria de nós à medida que envelhecemos. Ele falou recentemente ao “The New York Times” sobre alguns de seus principais conselhos.

Muitas de suas sugestões serão familiares para quem já pesquisou um pouco sobre como manter a memória afiada. Jogos de raciocínio são úteis; palavras cruzadas são especialmente eficazes, de acordo com pesquisas recentes. Não confie demais na tecnologia. Desligue o GPS de vez em quando. Tente memorizar sua lista de compras e use anotações apenas como apoio. Restak não menciona exercício físico, mas aproximadamente um milhão de estudos sugerem que é ótimo para o cérebro e para o corpo.

Não há dúvida de que tudo isso é um bom conselho, mas foram os comentários de Restak sobre a leitura de ficção chamaram a atenção. “As pessoas, quando começam a ter dificuldades de memória, tendem a mudar para a leitura de não-ficção”, observa Restak.

Por quê? Porque, enquanto você pode folhear muitos livros de não-ficção e ler partes aqui e ali de forma proveitosa, apreciar a ficção exige atenção prolongada e a capacidade de lembrar o que aconteceu em cada etapa da história. A revelação de quem é o culpado na página 200 não será divertida se você não se lembrar daquela pista reveladora que ignorou no Capítulo Dois.

Isso torna a leitura de ficção um exercício de memória particularmente poderoso. E provavelmente também explica por que, ao longo de décadas de prática, Restak notou uma forte correlação entre o contínuo prazer nos romances e a manutenção de uma memória afiada ao longo dos anos.

O exercício de memória esperando na sua estante

Claro, nem todos os problemas de memória podem ser resolvidos ao se atualizar em Charles Dickens ou pegar um livro emocionante. Restak enfatiza que, se você tem problemas sérios com a memória, é definitivamente hora de consultar um profissional.

Embora todos nós temamos diagnósticos mais sombrios, questões comuns e tratáveis — como depressão, deficiências de vitaminas e falta de sono — também podem afetar sua memória.

Mas, para aqueles de nós que enfrentam problemas cotidianos, como chaves perdidas e nomes esquecidos, uma solução agradável e fácil pode estar apenas esperando por você na sua estante.

Fonte: Inc.com

Redação El Hombre

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