A cachaça é o sangue brasileiro — e deveríamos nos apropriar dela

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Você serve um bom vinho para sua companheira; oferece um whisky para uma visita mais formal em sua casa; mas só pensa em cachaça quando vai fazer uma caipirinha no churrasco. No máximo.

Esse cenário revela como a cachaça, bebida mais tipicamente brasileira, ainda luta para receber o valor que merece de seu próprio povo.

A cachaça vai muito além dos botecos de esquina. Ela remonta uma história que se mistura com a própria história do Brasil e é um dos símbolos mais autênticos do nosso país.

A história

A bebida foi descoberta no período inicial da colonização portuguesa do Brasil, que tinha na produção de açúcar a principal atividade econômica. Sua origem é um pouco obscura: há quem diga que aconteceu ao acaso, com alguém experimentando o caldo de cana fermentado sem grandes pretensões; há quem diga que os portugueses aprenderam as técnicas de destilação da cana de açúcar com os árabes e trouxeram para o Brasil.

Os primeiros registros históricos, no entanto, cravam que a bebida era servida, na época, apenas aos escravos como incentivo ao trabalho. Mas em pouco tempo a cachaça passou a ser produzida em alambique, a ser consumida por grande parte do povo, e rapidamente ganhou valor econômico e se tornou até moeda corrente.

Arte de Johann Moritz Rugendas

O sangue brasileiro

A cachaça tem grande identificação com o país não apenas por ter nascido em nossas terras. Acontece que a bebida traz em sua história a simbologia da resistência brasileira — por isso ela é tão representativa para nossa nação.

Em 1635 os portugueses proibiram a produção da cachaça no Brasil temendo sua popularização e como consequência a baixa no consumo da bagaceira, bebida típica de Portugal. E eu te pergunto: você acha que o povo aceitou isso? Jamais.

Os brasileiros lutaram bravamente contra a medida e conseguiram que os colonizadores voltassem atrás. No entanto, por diversas vezes depois disso os portugueses tentaram complicar a produção da bebida, gerando mobilização social do povo, e em 1660 chegou a acontecer um evento que ficou conhecido como Revolta da Cachaça.

É como se a bebida representasse o sangue da inquietude brasileira. Dizem que ela era servida nas reuniões dos inconfidentes e que Tiradentes disse em seu último pedido:

“Molhem minha goela com cachaça da terra”.

Acontece que toda essa personalidade brasileira da bebida foi ameaçada no final do século XIX, com o surgimento da cultura dos Barões de Cafés, senhores com ideais elitistas que idolatravam o estilo de vida europeu. Como consequência, a cachaça passou a ser renegada junto com a essência da cultura brasileira.

Essa fase obscura foi duramente combatida no ano de 1922, quando aconteceu a Semana da Arte Moderna, em São Paulo, que teve como objetivo promover a cultura estrangeira, mas não em detrimento da nossa, resgatando a brasilidade que estava sendo perdida. Como símbolo disso, a cachaça foi cravada como bebida oficial do evento.

E desde então nossa bebida não para de crescer – em popularidade e em qualidade.

Arte de Hercules Florence

Bebida fina!

Talvez você não saiba, mas a cachaça pode muito bem ser comparada a ótimos whiskies em termos de qualidade. Pois sim! Há uma diversidade gigantesca de notas e sabores nesse produto que nenhum outro destilado pode oferecer.

Quando a cachaça é desenvolvida em alto padrão de produção e passa por processo de envelhecimento, o líquido alcança alto nível. É coisa fina!

Atualmente a cachaça é o terceiro destilado mais consumido no mundo, ficando atrás da vodca e do saquê, e não para de ganhar reconhecimento mundial. Em 2013 os Estados Unidos passarram a reconhecer a palavra “cachaça”, deixando de chamá-la de brazilian rum.

Como você bem sabe, a bebida pode ser apreciada como um drink – mas não precisa ser assim necessariamente. Um bom degustador de cachaça aproveita-a pura. É dessa forma que se retira verdadeiramente tudo o que a bebida tem a oferecer.

A cachaça de alta qualidade, conhecida como cachaça premium, atribui um toque de arte à bebida genuinamente brasileira. Não é para consumirmos em goladas – mas sim calmamente, apreciando-se o aroma, o visual e principalmente o sabor do conteúdo do copo. É uma experiência de classe.

Quer saber como apreciar uma verdadeira cachaça? Fique ligado que semana que vem apresentaremos dicas de especialistas para extrair as maravilhas do consumo da bebida.

É uma cultura da cachaça que você talvez não conheça e nós te convidamos a explorar. Aproprie-se da história brasileira em alta qualidade com uma boa cachaça premium.

#RESERVA 51

A Reserva 51 é uma cachaça extra premium, feita 100% em destilaria própria, envelhecida, em média, por 4 anos em barris de carvalho americano, fazendo com que ela adquira uma cor dourada intensa e sabor marcante e equilibrado.

Na análise sensorial, a Reserva 51 se mostra uma cachaça brilhante, com boa oleosidade e sem nenhuma partícula sólida. Quando agitada no copo, há uma boa formação de lágrimas na parede de vidro, que permanecem. No olfato, o aroma amadeirado é bem presente. No paladar, o sabor se apresenta suave e aveludado, sentindo o adocicado na ponta da língua e a acidez nas laterais, em excelente equilíbrio. No sabor, notas de baunilha, mel, frutas secas e chocolate, características entregues pela madeira do barril durante seus anos de descanso.

Na apresentação do produto, uma garrafa exclusiva desenhada na França, rotulada à mão e embalada com uma caixa perfeita para presentear quem você admira.

POST PRODUZIDO EM PARCERIA COM RESERVA 51

O El Hombre e a Reserva 51 vão fazer uma série de posts sobre a Cachaça Premium, que revela o verdadeiro sentido da bebida, um dos maiores símbolos do nosso país. Fique ligado nos artigos e visite o site da Reserva 51 para comprar o produto para uma boa degustação ou para oferecer de presente a alguém.

Thiago Sievers

Co-fundador do El Hombre, é responsável pelo canal do YouTube e pelas parcerias comerciais. Vem trabalhar todo dia de bicicleta e tem um condicionamento de atleta olímpico. É editor também do "Moda Masculina Journal".

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