A Casa Sombria já está em exibição nos cinemas! O filme é um thriller de terror com elementos sobrenaturais que irá fascinar e surpreender os fãs do gênero.
O filme gira em torno de Beth (Rebecca Hall), uma jovem mulher que está em luto após a inesperada morte de seu marido, Owen (Evan Jonigkeit). Vivendo sozinha na casa à beira do lago que ele havia construído para ela, Beth tenta lidar com a situação o melhor possível, mas ela começa a ter pesadelos: visões perturbadoras de uma presença na casa chamando por ela, que a atrai com um fascínio fantasmagórico. Desconsiderando os conselhos de seus amigos, ela começa a vasculhar pelos pertences de seu marido em uma busca desesperada por respostas. O que encontra são segredos, tão estranhos quanto perturbadores, levando a um mistério que ela está determinada a desvendar.
Para entrar no clima, selecionamos oito fatos pouco conhecidos sobre A Casa Sombria que são a porta perfeita para entrar na história. Confira:
A Casa Sombria é dirigido por David Bruckner, um cineasta com experiência nos gêneros de suspense e terror. Antes de se juntar a este projeto, Bruckner fez parte das equipes de produção e direção de sagas como O Sinal e As Crônicas do Medo. Em 2017, ele também dirigiu o filme O Ritual, um thriller que explora temas relacionados ao medo sobrenatural e psicológico. Além disso, quando Ben Collins e Luke Piotrowski, os roteiristas de A Casa Sombria, consideraram possíveis diretores para o filme, o nome de Bruckner veio à tona imediatamente. “David é nosso amigo, e sempre o tivemos em mente para este filme, porque acreditamos que ele saber dar vida ao terror de uma forma única”, explica Collins.
Tanto a equipe por trás das câmeras quanto o elenco garantem que os clássicos de terror do cinema foram uma inspiração para dar vida à história do filme. Entre suas influências, Bruckner menciona títulos como Repulsa ao Sexo, Cisne Negro, Personal Shopper e O Babadook.
Por sua vez, a atriz Rebecca Hall, que interpreta Beth, diz: “Alguns dos meus filmes preferidos de todos os tempos são deste gênero, embora eu não me considere uma fanática por filmes de terror. O Bebê De Rosemary, O Iluminado, um filme francês chamado As Diabólicas, Sangue De Pantera, entre outros. E quando eu era criança, adorava um filme chamado Desafio Do Além, de Robert Wise”. E, é claro, o lendário Alfred Hitchcock também deixou sua marca no projeto. “Da ideia de explorar nossos sonhos em Quando Fala O Coração até navegar dentro e fora de um mundo onírico como em Um Corpo Que Cai, e, é claro, a existência de uma força malévola como em Rebecca – A Mulher Inesquecível, Hitchcock nos deu tanto neste âmbito que sempre haverá impressões digitais dele em filmes deste tipo”, explica o produtor John Zois.
A história de A Casa Sombria também é alimentada por elementos mitológicos que foram posteriormente adaptados pelos roteiristas. Alguns deles? Os labirintos de relva galeses construídos por pastores para realizar danças e rituais e enganar os inimigos, e as bonecas vudu egípcias do século 4 d.C. A metáfora do labirinto foi a inspiração para a própria casa do filme. “Um labirinto construído para confundir forças do mal, e sua própria casa após a tragédia como um labirinto que te confunde. O espaço familiar, mas está errado.
Owen construiu a casa para despistar e confundir o que o assombrava, mas deixou Beth perdida e assombrada na casa que ele construiu para ela” diz Piotrowski. No caso da boneca, os cineastas sentiram que ela funcionava como “feitiço de ligação” para conter as forças sinistras fora da casa. “Algumas pesquisas superficiais revelaram a imagem da boneca vudu, uma mulher de argila perfurada com 13 alfinetes. É tão impressionante, tão imediato e tão rico em temas. Afinal, Beth é uma mulher presa por suas dúvidas e medos”, explica o produtor.
Como em todo filme deste gênero, a música tem um papel fundamental na criação do clima adequado para transportar emocionalmente o público. Ao se juntar ao projeto como autor da trilha sonora de A Casa Sombria, o compositor Ben Lovett procurou refletir os estados de ansiedade de Beth na instrumentação, enquanto usava os conceitos centrais da história – a arquitetura invertida, os planos espelhados, duplos fantasmagóricos e os padrões repetidos – e procurou representá-los através de recursos musicais.
“Trabalhei em palíndromos musicais e melodias que pudessem ser reproduzidas de frente para trás e de trás para frente. Usei uma técnica chamada harmonia negativa, que envolve a inversão das notas de uma melodia para que cada uma tenha uma nota especular correspondente no lado oposto do eixo. Esse conceito foi empregado no tema do casamento para virá-lo do avesso e criar uma harmonia-sombra da original no lado mais escuro do espectro harmônico”, explica Lovett.
Para Rebecca Hall, protagonizar o filme apresentou um desafio sem precedentes, especialmente porque a maioria das cenas envolvia apenas ela. “Como atriz, fiquei um pouco assustada porque é essencialmente um filme de um só personagem. O filme conta com atores coadjuvantes maravilhosos, mas em grande parte dele eu estou em uma casa fazendo as coisas e levando a história sozinha. É algo que eu nunca havia feito antes e achei um pouco assustador em um sentido positivo. Fiquei intrigada em saber como seria fazer isso”, confessa Hall.
Na hora de escolher os cenários onde a história se passaria, a equipe foi confrontada com duas tarefas: por um lado, teria que conceber a icônica casa onde quase todos os eventos do filme acontecem. Por outro lado, teria que encontrar um lago que atendesse a todos os requisitos do roteiro. O local escolhido? O lago Skaneateles, no estado de Nova York que é grande o suficiente para ter ondas em dias de vento.
Entretanto, seu tamanho também apresentou um desafio inesperado: “O lago era um grande espelho que refletia a luz do amanhecer, então tínhamos que trabalhar rápido nas cenas noturnas”, explica o diretor de fotografia Elisha Christian. Quanto à casa, a equipe soube que ela atuaria como um personagem no filme e, portanto, tinha que ser cuidadosamente concebida. Para conseguir isso, os cineastas e a equipe de filmagem estabeleceram primeiro a casa na locação, permitindo que o público se fundamentasse na realidade, mas à medida que a história avançava, eles construíram salas em cenários onde poderiam expandir as dimensões e alterar a geografia. Bruckner explica: “O efeito é como algo saído de um pesadelo, em que a sala que você está é a mesma, mas, ao mesmo tempo, diferente em formas que você não tem certeza absoluta”.
Há algo ou não há nada? É uma ilusão de óptica ou realidade? As perguntas que Beth se faz na história sobre o que ela está vendo e sentindo são as mesmas que o público fará a si mesmo quando se sentar na sala de cinema. Para a equipe, foi um grande desafio encontrar uma maneira de expressar visualmente essas dúvidas fundamentais da trama.
Os cineastas queriam que o público tivesse a sensação de que algo estava lá e ao mesmo tempo não estava. Assim como acontece com Beth, que sofre com a ausência de Owen e acaba sendo enganada por sua própria mente. Para conseguir tal feito, os cineastas se inspiraram na técnica artística da perspectiva forçada, bem como em ilusões de óptica bem conhecidas como o Vaso de Rubin. “Construímos as instâncias no set, o que exigiu um planejamento meticuloso, já que a posição e o movimento da câmera tinham que ser precisos para que a ilusão se concretizasse. Usamos efeitos visuais para animar os personagens”, explica o produtor David Goyer.
Além do suspense, o terror e os elementos sobrenaturais que irão cativar os fãs, A Casa Sombria sem dúvidas também se conectará com o público através dos temas universais e profundos que aborta. A mortalidade, a dor da perda, a depressão, a autodestruição e a vida após a morte estão entre eles. Bruckner acrescenta: “O filme explora as muitas maneiras que afetamos uns aos outros em um relacionamento; o quão vulneráveis podemos ser aos demônios uns dos outros e às fachadas que mantemos”. Trata-se de experiências e sentimentos que todos experimentamos e é isso que, em última análise, torna uma história verdadeiramente memorável.
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