Assim como o “Bicho-papão” já assombrou muitos brasileiros, “Candyman” tirou o sono de muitos americanos. Desafiando a figura por trás do mítico assassino, A Lenda de Candyman chega para mostrar um pouco mais desse intrigante (e assustador) conto.
A história começa em um bairro pobre de Chicago, contando a lenda de um espírito assassino conhecido como “Candyman”. Tal entidade assolou a população anos atrás, aterrorizando os moradores do complexo habitacional de Cabini Green. Agora, o local foi renovado e é lar de cidadãos de alta classe. O artista visual Anthony McCoy e sua namorada, diretora da galeria, Brianna Cartwright, se mudam para Cabrini, onde Anthony encontra uma nova fonte de inspiração. Mas quando o espírito retorna, os novos habitantes também serão obrigados a enfrentar a ira de “Candyman”.
Aproveitando que o filme estreia nesta semana nos cinemas, fomos atrás das cinco perguntas mais buscadas no Google sobre A Lenda de Candyman, e respondemos todas elas. Confira:
A Lenda de Candyman estreia exclusivamente nos cinemas no dia 26 de agosto. Em relação ao streaming, ainda não há informações de quando e para qual plataforma o filme possa ir.
O filme ainda não estreou oficialmente nos cinemas, mas já está chamando atenção. Prova disso, é sua nota média no IMDb: 7,1. Mas vale lembrar que essa nota pode mudar nos próximos dias, para mais ou para menos, quando a estreia de fato acontecer.
Curiosidade: no Rotten Tomatoes, a produção conta com 90% de aprovação dos críticos, com 81 reviews.
A história nasceu no conto de Clive Barker, em 1985. Na trama, Candyman era Daniel Robitaille, um dos muitos escravos de uma plantação de New Orleans. O personagem acaba se envolvendo com a filha do dono das terras e acaba morto sob tortura. Depois de espancado e ter sua mão decepada, é amarrado e recebe um banho de mel, para ser atacado por abelhas e formigas. Pessoas que testemunharam o assassinato debocharam do escravo, o chamando de “Candyman” (“homem doce”, na tradução) cinco vezes antes dele morrer.
Muitos fãs repararam que na divulgação do filme aparece o nome Jordan Peele, diretor que trouxe os impressionantes Corra! e Nós. Porém, Peele não é o diretor de A Lenda de Candyman. Desta vez, ele é produtor e escreve o roteiro ao lado de Win Rosenfeld (de Infiltrado na Klan). A direção fica por conta da diretora Nia DaCosta (de Passando dos Limites), que tem feitos ótimos trabalhos em Hollywood.
A convite da Universal Pictures, conferimos em primeira mão A Lenda de Candyman, e podemos dizer que é um dos filmes mais surpreendentes do ano! O maior acerto do longa é contar a lenda de forma extremamente real. Reformula seu contexto para os dias atuais, “tocando em feridas” que a sociedade finge não existir.
Obviamente, usa muitos sustos para impressionar o público, conseguindo criar uma atmosfera tensa e imersiva. Mas indo muito além disso, A Lenda de Candyman é um protesto político em forma de filme. Aborda, mesmo com metáforas, assuntos de extrema importância: o racismo e a violência institucional, além de mostrar a verdade nua e crua sobre o processo de transformação urbana que “expulsa” moradores de bairros pobres e transforma essas regiões em área nobres.
No fim das contas, a sensação de medo fica perante a sociedade em que vivemos. Falar 5 vezes o nome “Candyman” em frente ao espelho é moleza, perto da mensagem forte e real que o filme apresenta. Certamente, A Lenda de Candyman vem para mostrar que contos podem ser assustadores, mas que a sociedade consegue ser ainda mais.
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