Dado que a traição é instintiva e parte do código genético do ser humano, cientistas desenvolveram uma “cura” para ajustar essas pontas soltas e inibir o desejo de trair o parceiro numa relação. É o que eles chamam de “a fórmula do amor eterno”. Você tomaria?
O desejo incontrolável de estar junto do seu amante constantemente não é amor, é a serotonina, uma sensação de relaxamento no corpo, enquanto a alegria interna é uma mistura da ocitocina e da dopamina. Pode-se dizer, portanto, que a paixão é apenas uma enxurrada de hormônios e neurotransmissores que, quando o cérebro para de produzir, chega ao fim.
Apenas nos Estados Unidos, anualmente, cerca de um milhão de casais se divorciam, e, em média, após 16 anos do casamento. Seriam 16 anos o prazo de validade para uma relação? O plano dos cientistas é criar um medicamento que supra a escassez das substâncias e hormônios “do amor”. O remédio vem em forma líquida, para ser aplicado com conta-gotas ou como um spray nasal. Ele custa em média US$ 60,00.
O psiquiatra americano Bryan Post que batizou o remédio de Oxytocin Factor afirma que não há riscos. “Não é tóxica, não faz mal e não vira um vício, já que não desperta uma vontade contínua de uso.” A droga começa a fazer efeito após dez minutos, e dura até quatro horas.
A infidelidade também está sob a mira da ciência. Segundo pesquisas, são genes que determinam se uma pessoa é fiel ou não. Supondo que você não resiste à tentação constante ao ver mulheres atraentes e quer “curar” seu problema? Ainda em análise, um remédio que contém o gene da fidelidade pode tratar qualquer cafajeste.
Estaríamos presenciando a ciência e medicina como terapia instantânea de casais? Salvando casamentos desgastados, “curando” homens e mulheres com tendências cafajestinas? Será ideal tratar problemas amorosos com medicação ao invés de um bom diálogo e lavagem de roupa suja?
Eu não sei se confiaria minha relação numa fórmula como essa. E você?