Todo mundo já ouviu falar em adrenalina, mas você sabe o que isso significa exatamente? Quando estamos numa situação de risco — seja físico ou psicológico — uma região do cérebro chamada hipotálamo é acionada. Ele é responsável pela reação de luta ou fuga.
Duas coisas então acontecem. Ele ativa o sistema nervoso simpático (responsável por atividades autônomas do corpo, como pressão arterial e sono), que manda as glândulas suprarrenais liberarem adrenalina e noradrenalina.
Ao mesmo tempo, a hipófise, vizinha do hipotálamo, produz o hormônio adrenocorticotrópico, que por sua vez faz as glândulas suprarrenais soltar outros 30 hormônios. E então acontece o seguinte:
- A pupila se dilata;
- Vasos sanguíneos contraem levando o sangue da pele para órgãos internos;
- Os músculos se tensionam;
- O suor vem para resfriar o corpo;
- A respiração se acelera para captar mais oxigênio;
- O coração bate rápido para aumentar o fluxo de sangue.
O motivo é aquele que já comentamos antes: luta ou fuga. O seu cérebro interpreta a situação como sendo de risco, então prepara o corpo para reagir. Isso às vezes acontece quando estamos praticando esportes também, especialmente os mais radicais ou competitivos. Outras curiosidades da adrenalina:
OLHO GRANDE
Ao mesmo tempo em que faz o peito disparar, a adrenalina causa a dilatação das pupilas, em ambientes com pouca ou muita iluminação. Com a pupila dilatada, mais luz entra nos olhos e o assustado consegue enxergar melhor.
CARA PÁLIDA
E como o sangue é direcionado para os músculos e para os órgãos vitais, como coração e cérebro, outras áreas do corpo ficam com a irrigação sanguínea reduzida. É o que acontece com os vasos superficiais que levam o líquido para a pele do rosto — sem sangue, ela fica pálida.
TREME-TREME
A tremedeira que dá após o susto é resultado da contração dos músculos das pernas, que nos conferem equilíbrio. Os tremores são movimentos involuntários que ajudam a queimar energia e consumir o excesso de adrenalina.
PELOS EM PRONTIDÃO
A contração muscular também é responsável pelo arrepio dos pelos, mas isso não tem função nenhuma no homem moderno. Essa reação é apenas uma herança de nossos ancestrais macacos, que pareciam maiores e mais assustadores quando ficavam com os pelos arrepiados.