De tempos em tempos fantasio com um futuro não muito distante, imaginando como seria a TV que eu estivesse assistindo.
Convenhamos: independentemente da sua assinatura, você deve estar, assim como eu, cansado do seu plano, repleto de canais apenas fazendo número e te obrigando a pagar um preço inflacionado para assistir os poucos que realmente te interessam.
Se já não bastasse, os aumentos de tarifa constantes e o sistema arcaico da grade horária de programação dos canais, definitivamente, não ajudam.
Sonho em comprar individualmente um serviço tanto on-demand quanto de streaming ao vivo dos poucos canais que me interessam, dependendo de cada caso. Uma espécie de Netflix de cada canal.
E, talvez, minha fantasia esteja realmente perto de se concretizar.
Já tinhamos recebido a grande notícia de que a HBO – que havia extinguido o serviço HBO GO – lançaria, ainda esse ano, uma canal on-demand próprio, possível de ser consumido mesmo caso você não seja seu assinante a cabo – algo que era uma exigência do serviço anterior.
Agora, o New York Times publicou que, segundo fontes seguras, a Apple está planejando lançar em junho um serviço de TV na internet. E sabe pra quem esse serviço é destinado? Às pessoas que eles chamam de cord-cutters – que não querem assinar serviços de TV à cabo.
Ainda segundo o artigo, a Apple estaria negociando com empresas como a Walt Disney Co. (detentora da ABC, ESPN, entre outras), CBS Corp, e 21st Century Fox. A ideia seria disponibilizar apenas os principais canais(ao invés daqueles que fazem número no seu combo de assinatura), contando tanto com serviços on-demand quanto com live streamings.
O serviço também estaria disponível em qualquer dispositivo da Apple – além da AppleTV, também será possível usá-lo em seu iPhone e iPad, por exemplo.
Assim, a Apple TV – que conta com Netflix, Hulu e acaba de anunciar um contrato de três meses de exclusividade com a HBO Now – seria o sua verdadeira TV a cabo, enquanto seu iPad e iPhone seria sua TV móvel, te deixando dependente apenas de uma conexão com a internet.
A Apple está tão interessada no projeto, que parece disposta a disponibilizar algumas informações de seus consumidores para as empresas que façam parte do serviço, mostrando o que eles mais assistem e consomem – algo que vai contra o foco que dá à privacidade do seu consumidor.
Sinceramente, contanto que a minha identidade seja mantida em sigilo, não vejo problema algum em usarem meus dados de consumo para os canais. O que realmente me interessa é saber que, ao que tudo indica, a TV dos meus sonhos esteja mais próxima do que parece.