Vi certa vez uma frase atribuída à cantora Karla Skarine que fazia menção às férias como oportunidade de exercitar o chamado ócio criativo.
Concordo inteiramente.
O termo “férias” vem do latim feriae, que significa “dia de descanso”. No Brasil, são 20 ou 30 dias dedicados à recarga das energias dissipadas em um ano de trabalho.
Nada mais justo e necessário.
Quem, de fato, aproveita as férias, saboreia os efeitos positivos dessa parada em todas as esferas da vida de um ser humano.
Estar de férias é atender a um irresistível convite ao ócio.
Eis aí outro termo que requer um mergulho em sua origem. Ócio nasceu a partir de otius que quer dizer “folga, repouso, lazer”. Nada mais justo para quem está legalmente de férias, exercendo um direito que é seu.
Assim, não devemos tratar a condição de estar “ocioso” como um tabu.
Entretanto, entregar-se ao ócio não significa, necessariamente, ficar ser fazer nada – desconectado da vida e do mundo que nos cerca.
Em hotéis que hospedam europeus é comum vermos pessoas em volta da piscina relaxando ao sol e lendo livros com satisfação
Cinema, teatro, concertos e cursos de curta duração são demonstrações práticas que em períodos ociosos poderemos ter grandes insights, amadurecer interessantes projetos de vida, resgatar antigos e deliciosos hábitos ou mesmo redirecionar nossas carreiras.
Autores como Domenico de Masi já vêm popularizando essa tese ao redor do mundo há mais de 10 anos.
Para eles, trabalho e lazer não devem ser a metáfora da água e óleo.
Que tal aproveitar o período de férias para ler mais, aprender coisas novas, fortalecer relacionamentos, colocar a criatividade em ação e gerar ideias?
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