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Banksy, o Michelangelo do grafite

O texto “Banksy, o Michelangelo do grafite” foi publicado originalmente em agosto/2012; veja aqui mais artigos da série “Clássicos ELH”, uma coletânea de textos atemporais em comemoração ao aniversário de 10 anos do El Hombre.

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Digamos assim. Existem corredores e existe Bolt.

Da mesma forma: existem grafiteiros e existe Banksy.

Banksy pertence a uma categoria à parte. Ele elevou a arte de rua a uma categoria antes nunca sonhada.

Nas Olimpíadas ele compareceu com dois grafites sensacionais pintados em Londres. Ninguém sabe, até aqui, onde eles estão. Soube-se que eles existem porque Banksy os postou em seu site.

Um mostra um lançamento de vara, e o outro um salto em altura. Ambos têm a marca iconoclasta de Banksy.

Bansky é um mistério. Não se conhece sua identidade. Quem é este Michelangelo do grafite? É uma questão que fascina o mundo da arte, hoje.

Há pleno conhecimento de sua personalidade. Banksy é, essencialmente, um crítico social. É a contracultura dos anos 60 reencarnada. É contra a iniquidade, e amplamente a favor dos 99% consagrados nos movimentos de protesto nascidos com o “Ocupe Wall Street”. Recentemente, uma frase sua pintada numa parede correu o planeta: “Infelizmente não conseguimos entregar o padrão de vida que você encomendou”.

Os organizadores  das Olimpíadas combateram os grafites e os grafiteiros de Londres. Fizeram prisões. Apagaram uma pequena obra de arte de um artista de rua chamado Mau Mau, na qual um palhaço gordo era uma caricatura do McDonald’s, um dos patrocinadores dos Jogos – e uma crítica à influência do dinheiro nas Olimpíadas, expressa nos assentos vips vazios que, expostos nas transmissões da BBC, enfureceram londrinos que não conseguiam comprar ingressos por tudo estar “esgotado”. Aspas.

As Olimpíadas vão passar. Amanhã é a cerimônia de encerramento. Mas a visão de Banksy sobre elas, traduzida em seus dois grafites, permanecerá per omnia secula seculorem.

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Paulo Nogueira
Paulo Nogueira
Paulo Nogueira (1956-2017) é o pai de Pedro Nogueira, editor-chefe do El Hombre. "Ele foi meu herói", diz Pedro. "E continua sendo." Ao longo da carreira, dirigiu várias revistas da Abril e da Globo. Também escreveu artigos para o El Hombre que, frequentemente, reeditamos e republicamos no site.