Olhe para o seu lado e procure algum objeto preto. Esse, provavelmente, é um preto bem fajuto. Você deve conseguir ver efeitos dimensionais nesse objeto, o que significa que esse material, de alguma forma, está refletindo a luz.
Como o preto é absorção de luz, qualquer coisa que a reflete não é bem preto.
Mas não há material no mundo que absorva totalmente a luz e seja, portanto, complemante negro. A matéria mais próxima disso que já se descobriu aqui na Terra é conhecida por Vantablack, que absorve 99,965% de radiação. Ou seja, quase um buraco negro.
Para você ter uma ideia mais prática de como funciona o negócio, dê uma olhada nesses dois vídeos abaixo e veja que, mesmo sobre relevo, tudo parece plano:
Pois saiba que fizeram um relógio desenvolvido com Vantablack e que, logo, é o relógio mais negro do mundo.
A montadora suíça Manufacture Contemporaine du Temps (MCT) resolveu ousar numa edição especial do S-110 Evo e lançou a versão Venta Black. O relógio é todo preto e algumas partes foram confeccionadas com o raro material.
Claro que o legal seria ver o relógio inteiro de Ventablack, mas isso não seria muito prático, pois o objeto seria uma bola preta e não daria para ver nem mesmo os números. Sem mencionar a dificuldade que é trabalhar com esse material.
Então eles colocaram Ventablack no mostrador e em algumas peças da engrenagem. O resto é composto de titânio e DLC preto, além do couro negro de jacaré na pulseira.
Apenas 10 unidades do S-110 Evo Venta Black serão produzidas e, por conta dessa exclusividade toda, não poderíamos esperar nada além de um valor bem acima da média pela peça: US$ 95 mil — o que dá cerca de R$ 320 mil.
E aí, ter um buraco negro no pulso vale tudo isso?
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