Superar o machismo não é tão simples. Muitas vezes somos machistas e nem sabemos. Temos hábitos de personalidade que, se se destacam aos olhos dos outros, para nós são comportamentos naturais.
Por isso, precisamos de ajuda. Precisamos que as pessoas ao nosso redor nos digam: “Cara, acho que você viajou nessa”. E, sério senhores, sem melindres! Se alguém te chamar a atenção — ou mesmo te criticar ofensivamente — use sua sabedoria para colher frutos.
Analise o conteúdo do que estão te passando e veja se faz sentido. Se fizer, absorva; se não fizer, descarte. Essa é a razão pela qual aderi à nova campanha #NãoQueroSerMachista. Ela diz o seguinte:
“Caso eu tenha tido uma atitude machista com você ou em alguma situação que você presenciou, por favor, fale comigo no inbox e me diga para não ter mais atitudes como essa.
Mudamos o mundo começando com as nossas atitudes e reconhecendo nossos erros.”
É claro que a campanha funcionará apenas com aqueles que estão dispostos a reconhecer que ainda perpetuam (caso perpetuem) comportamentos que reprimem as mulheres nos mais diversos aspectos.
Quem não estiver disposto possivelmente achará esse movimento uma grande bobagem. E tudo bem, é direito de cada um achar o que quiser. A amizade continua!
Costumamos idolatrar aqueles que lutam por um mundo mais fraterno e esquecemos que a idolatria, por si só, não gera movimento algum. Se nós não aderirmos à luta, a fraternidade continuará empacando no egoísmo. Ad infinitum!
E a nossa proposta para isso é muito simples: reflita. Permita-se analisar seu próprio comportamento, isento do orgulho que nos petrifica. Peça ajuda para isso. Há anos Raul já dizia sobre a importância de sermos uma metamorfose ambulante.
Adira a campanha #NãoQueroSerMachista e veja o que acontece — talvez tenham algo a te dizer.