Christopher Lee foi um dos maiores vilões na história de Hollywood.
E deixará saudades para quem gosta de cinema.
O lendário ator inglês morreu esta semana, aos 93 anos, por insuficiência cardíaca e respiratória.
Assim que o anúncio foi feito, hoje, houve comoção nas redes sociais.
Para mim, particularmente, Lee marcou por dois papéis, exatamente nas duas franquias do cinema que mais amo: Star Wars e James Bond.
Em 1974 ele interpretou Francisco Scaramanga em “007 contra o Homem com a Pistola de Ouro”.
(Nunca um vilão do 007 teve um nome tão divertido de pronunciar: Scaramanga. Dá para ficar horas repetindo.)
Mesmo sendo da era Roger Moore, muito inferior à de Sean Connery, é um bom filme. Uma curiosidade? Ele era primo de Ian Fleming, o escritor que criou James Bond.
Mais para frente, já nos anos 2000, ele fez o Lorde Sith Conde Dooku, nos episódios II e III de Star Wars.
No universo expandido da franquia, Dooku é considerado um dos maiores duelistas na história dos Jedi. E, mesmo tendo mais de 80 anos na época das filmagens, Lee gravou quase todas as cenas de esgrima sem dublê.
Seus papéis mais famosos, no entanto, foram outros dois.
Primeiro, ele viveu Drácula em vários filmes entre os anos 1950 e 70.
E, para as gerações mais novas, Lee ficou conhecido pela trilogia do “Senhor dos Anéis” na pele do antagonista Saruman, o Branco, mago rival de Gandalf.
Lee teve em sua vida um “nice run”, como dizem os jogadores de poker. Uma jornada longa e boa.
Viveu firme até os 93 anos na companhia de sua esposa e uma filha; defendeu seu país na II Guerra Mundial; ganhou o título de “Sir” da Rainha pelos trabalhos prestados ao cinema e caridade; gravou filmes até o fim da vida, com mais de 200 obras no currículo; e até mesmo se aventurou na música, com várias discos de ópera e (surpreenda-se) heavy metal.
Foi definitivamente um nice run.
Mas Hollywood nunca mais será a mesma sem as suas vilanices.
