Quando saímos de casa é sempre a mesma rotina: bate num bolso para checar a carteira, no outro para checar o celular e num terceiro para checar o molho de chaves. E hoje em dia fomos levados a acrescentar mais um passo no ritual: a checada no carregador de celular.
Ok, dei uma forçada de barra – ninguém sai checando carregador nos bolsos. Mas com certeza você anda com um no carro, um na mala ou na pasta e tem outro no quarto e mais um no escritório. Ah, e não podemos esquecer o que fica na casa da namorada.
Se você não se enquadra na realidade descrita acima, certamente já teve que ficar bons períodos com o celular descarregado. É assim que funciona. Hoje usamos tanto nossos smartphones que as baterias não costumam durar muito mais do que um dia. Quando muito.
E isso nos faz pensar: “Mas em pleno século XXI temos que ficar sofrendo desse mal? Como ainda não inventaram a bateria infinita?”
Pois fique sabendo que acabaram de inventar.
A Tag Heuer, empresa famosa pela produção de relógios e óculos de luxo, lançou o Meridiist Infinite, celular que promete uma bateria que nunca acabará. A solução é teoricamente simples: recarga por meio de luz solar (e até algumas luzes artificiais).
O segredo são células fotovoltaicas (ou, para simplificar, células solares) transparentes que ficam entre a tela de cristal de sáfira e o display LCD. Elas serão as responsáveis por transformar a luz em energia elétrica.
A empresa utilizou materiais tops para a construção do celular (como fibra de carbono e titânio classe 5), o que, somado à novidade da bateria infinita e ao fato de ser edição limitada (somente 1911 unidades serão produzidas) e manufaturada, nos faz acreditar que o custo do gadget não será nada acessível aos meros mortais. Segundo as contas da VR Zone, cada unidade deverá custar mais de US$ 5 mil.
A tela do smartphone será de 2.4 polegadas. Ele oferecerá 8GB de armazenamento, uma câmera de 5-megapixel e espaço para dois chips. O que eu achei um pouco estranho é que o celular adotará o obsoleto teclado físico. Mas eles devem saber o que estão fazendo.
Dificilmente teremos acesso ao smartphone. É provável que ele nem desebarque no Brasil. Mas pelo menos temos a ótima notícia de que as baterias infinitas não são mais coisas de um futuro distante.