“Eí, você, fumante, tá esperando o quê? Pare de fumar em 12 vezes sem juros na Casas Bahia. Mas é só amanhã!”
Sinto muito, mas isso ainda não existe. No entanto, o que não faltam são dicas, técnicas e produtos que supostamente nos ajudam a largar o cigarro. Aparentemente é fácil: você coloca um adesivo na bunda por dois meses e, pronto, a necessidade de nicotina se foi. Ou então você fuma um pedaço singelo de guardanapo sempre que der vontade de acender um malvado. Tem também aquela técnica infalível de comer um pedaço de pizza a cada impulso cruel por uma tragada. Ou bater na mesa com o peito estufado e dizer “agora é sério, não fumo mais” enquanto amassa o cigarro recém-aceso ao ouvir dizer que o primo do amigo do irmão morreu de câncer no pulmão.
Todos esses são meios válidos – afinal, contra esse vício terrivelmente difundido cada investida pode ser significante. Mas cuidado: a cada batalha perdida você se enfraquece na guerra. Para que possa aumentar seu arsenal no confronto contra o cigarro, portanto, apresentamos uma potente arma conhecida por muitos e suportada pela ciência: a alimentação.
Há alguns anos a Duke University Medical Center, na Carolina do Norte, publicou um estudo em que apontou alguns alimentos que ajudam na luta contra o tabagismo. São eles os laticínios, as frutas, os vegetais e a água. A explicação é muito simples: eles deixam o gosto do cigarro menos agradável, fazendo com que a vontade de fumar seja menor. “Com algumas pequenas modificações na dieta – consumindo alimentos que deixam o gosto do cigarro pior, como um copo gelado de leite, e evitando alimentos que deixem o cigarro mais saboroso, como um copo de cerveja – os fumantes podem deixar o hábito com mais facilidade”, é o que disse o médico Joseph McClernor, pesquisador do Duke Center for Nicotine and Smoking Cessation Research.
Por outro lado, na lista dos alimentos que incentivam as tragadinhas estão o álcool, o café e a carne. Bem, não é nenhuma surpresa, certo? Dos 209 pesquisados, 45% disseram que o álcool e o café melhoram o sabor do cigarrinho. Essa é uma porcentagem muito alta se levarmos em conta o maior número percentual registrado na pesquisa para os alimentos que influenciam negativamente no sabor do tabaco: 19% para laticínios.
No entanto, não é possível vencer a guerra somente com essa arma. Nesse ponto, a diretora do Duke Center e co-investigadora do estudo Jed E. Rose é categórica: “Qualquer tratamento desse gênero requer força de vontade. Esse recurso sozinho não vai funcionar. Talvez torne o cigarro menos agradável, mas, no fim das contas, se uma pessoa tem o desejo de fumar ela voltará ao hábito.”
Então, se você é daqueles que ainda não estão preparados para encarar a luta contra o fumo, saiba que a alimentação também pode aliviar de certa forma os prejuízos causados pelo vício. O cigarro é um produto que provoca o aumento de radicais livres no organismo, substâncias que aceleram o envelhecimento de nossas células. Assim, todos os alimentos que contenham antioxidantes são favoráveis, pois os antioxidantes combatem o excesso de radicais livres. Para obtê-lo através da alimentação procure ingerir frutas cítricas, frutas vermelhas, tomate, grãos integrais, brócolis, milho, alho, cebola.
O zinco é outro nutriente que combate os efeitos maléficos do cigarro. A substância participa do processo de crescimento celular e está presente em peso nas unidades funcionais do nosso organismo. Além disso, ele atua como desitoxicante, ajudando a expulsar o dióxido de carbono do nosso organismo (que naturalmente já sai com a respiração). Encontramos zinco no figo, na aveia, na ostra, no grão de soja, nas carnes, no farelo de trigo, entre outros. Por fim, beba bastante água, pois na urina são eliminadas diversas substâncias tóxicas presentes em nosso corpo.
Mas se essas dicas não servirem, só lhe resta enviar uma carta à Casas Bahia.
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