Em qualquer união, um dos pilares fundamentais para o bom convívio é o amor. Afinal, é sempre ele que acaba ligando a maioria das coisas. Mas como saber que esse sentimento não é, na verdade, uma dependência emocional ao seu parceiro ou parceira? Como relacionamentos podem ser coisas intensas, é muito fácil confundir um com o outro. Por isso, é fundamental saber quando se passa a linha tênue entre uma relação sadia e a dependência ao companheiro.
A partir do momento que você está em um relacionamento sério, há a construção de uma parceria para que ambos possam crescer juntos. O que pode acontecer é uma pessoa acabar dependendo da outra para suprir suas emoções, o que leva a uma simbiose entre os dois.
Quando uma pessoa está passando por dependência emocional, há um sentimento de que não existe vida sem aquele que ela ama. Em alguns casos, o apego acaba sendo tão grande que quem sofre não consegue mais se ver como um indivíduo, mas como alguém que só existe por conta do relacionamento, não tendo outro propósito de vida.
Essa relação de interdependência geralmente leva alguns sentimentos a níveis muito altos. Pessoas com dependência emocional costumam ser possessivas, sentindo ciúmes em situações comuns e uma necessidade de controle do parceiro. Isso acaba gerando conflitos com o companheiro, sendo um dos sinais de que o relacionamento não está saudável.
Outra consequência é o isolamento. Muitas vezes, há uma tentativa de separar a pessoa da sua família ou do seu ciclo de amigos para ficar somente com o dependente. Em casos como esse, há um apego tão grande que a pessoa não aceita dividir seu parceiro com ninguém, sentindo insegurança e medo de ela ir embora.
Naturalmente, quanto mais rápido você identificar uma situação abusiva, mais rápido você conseguirá corrigir e resolvê-la. Entretanto, como a dependência emocional é algo muito relacionável com o amor, muitas vezes é difícil de percebê-la estando dentro de um relacionamento.
A principal ajuda que alguém pode ter é através de terapia. A psicóloga Débora de Oliveira, docente da PUC-RS, disse numa entrevista ao UOL que a ajuda profissional é imprescindível para superar o problema: “A terapia ajuda a encontrar padrões repetitivos de relacionamentos com dependência emocional, além de auxiliar na busca de alternativas sem que se fique preso em buscas por relações ‘que vão me fazer feliz’, como se a felicidade pudesse ser encontrada no outro”.
Além do tratamento com psicólogos, também é importante você se abrir para pessoas confiáveis sobre sua situação, sem que haja julgamentos. Em casos assim, é sempre bom ter uma segunda opinião sobre o assunto e alguém que possa analisar o caso estando fora do relacionamento, sem o olhar viciado do dia-a-dia.
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