A forma como lidamos com dinheiro no dia a dia é resultado de diversos fatores combinados. Por isso, gerir as suas economias da melhor forma não depende somente de conhecimentos técnicos sobre o assunto. A inteligência emocional, um tipo de sabedoria que só nos últimos anos tem adquirido maior destaque, também entra na equação.
Sendo gerente de uma empresa ou um cidadão comum que tem de lidar com as suas economias, é preciso se manter atualizado quanto ao mundo das finanças, já que ele está em permanente mudança. Se você tem perfil investidor, necessita ainda mais dominar o lado técnico desse assunto. Portanto, se manter por dentro do contexto sociocultural mundial, atualizar-se sobre as flutuações de câmbio e interpretar gráficos da bolsa é bastante importante. Com isso, é possível ter a capacidade de analisar uma ilustração de preços e taxas e conseguir detectar tendências, além de perceber quando deve entrar ou sair de determinado mercado.
Contudo, ter uma relação saudável com o seu dinheiro não se limita a tabelas de Excel ou a manter as finanças sob controle apenas por meio do uso de aplicativos que auxiliam nessa tarefa. Esses pontos também são positivos, mas um dos maiores fatores de influência nesse sentido é a forma como você gere as suas emoções. Isso pode até parecer estranho, mas a sua atividade financeira está vinculada aos seus sentimentos.
O que é inteligência emocional?
Diferentemente de QI, que significa quociente de inteligência, a inteligência emocional associa-se ao domínio de cinco componentes essenciais: conhecimento de nós mesmos, incentivo próprio, controle dos sentimentos, empatia e capacidades sociais.
Conceito desenvolvido pela primeira vez em 1966 por Hanskare Leuner, este tipo de inteligência refere-se à gestão das nossas emoções e pode ser trabalhado a partir de atividades simples, como a leitura de obras de ficção, como indica uma matéria do Harvard Business Review. Entreter-se com jogos como Prison Architect, no qual você tem de fugir de uma prisão através de um conjunto de situações bastante tensas, também foi uma atividade pontuada como uma boa maneira de gerir as emoções.
Por isso, uma vez que os nossos sentimentos estão envolvidos em todas as nossas decisões, incluindo as relacionadas a atividades financeiras, podemos dizer que comprar um objeto não é apenas adquirir algo.
O caminho para o equilíbrio
Sabia que, segundo um estudo da Universidade de Harvard, 95% das nossas decisões são influenciadas pelo subconsciente? Por isso, seja a utilização de dinheiro motivada por impulsos, frustrações ou busca por status, é inegável que essas decisões também estejam relacionadas com a inteligência emocional.
Assim, torna-se essencial conseguir diferenciar necessidades de meras vontades, algo que pode ser incrementado por simples atitudes, como saber identificar quando você está comprando algo por mero desejo e aprender a controlar esse comportamento. Além disso, também deve definir claramente metas, orçamentos e planos de poupança.
Pensar mais no futuro e em seus objetivos a longo prazo, como comprar uma casa ou um carro, também é essencial, contribuindo para que passe a ver o dinheiro como uma forma de chegar mais longe, e não apenas de satisfação momentânea.
Na verdade, o que necessita essencialmente ser mudado é a sua perspectiva sobre as finanças, algo que se pode alcançar só com inteligência emocional. Portanto, comece analisando o seu comportamento e compreendendo o que precisa ser trabalhado.