Ricardo Almeida é um cara que dispensa apresentações: ele simplesmente revolucionou a alfaiataria no Brasil e, até hoje, é o grande nome da alta-costura masculina nacional.
Agora imagina só que experiência incrível, antes de assistir à pré-estreia de “007 contra Spectre”, ter a oportunidade de bater um papo com Ricardo sobre o estilo de James Bond?
Foi exatamente isso que aconteceu semana passada, quando a Gillette nos convidou para um esquenta no Estúdio Becca com Ricardo antes de irmos para o JK Iguatemi ver o filme. Tudo regado a Dry Martini para entrar no clima, óbvio.
Foi extraordinário conversar com Ricardo Almeida (que aliás é super simpático) sobre os ternos do 007, o crescimento da moda masculina no Brasil, o estilo do homem europeu e muitos outras temas.
Mas o momento mais marcante da conversa, para mim, não foi exatamente sobre moda — e, sim, sobre atitude numa dimensão mais ampla.
Perguntei a ele como a crise econômica do Brasil está afetando a indústria fashion.
A resposta que Ricardo me deu? Este é o melhor momento para ousar. O caminho para lidar com a crise, segundo ele, é nadar contra a corrente.
Sua explicação foi bem simples e didática. Como todo mundo está com medo de investir, o que acontece? Cria-se espaço para crescer. Se várias marcas disputavam antes um bom ponto de venda num shopping, por exemplo, algo que fazia o aluguel subir, na crise o pessoal bota o pé no freio e assim você o consegue por um valor mais em conta — desde que tenha coragem para acelerar.
É a filosofia que Ricardo tem aplicado em seus próprios negócios. Em 2015, enquanto muitas grifes estão fechando lojas, ele expandiu o negócio e está abrindo 5 novas unidades, para ficar com 18 até o final do ano.
O retorno dessa estratégia pode não acontecer no curto prazo, ele diz, mas quando a crise passar — e todas passam — aí você estará um passo à frente da concorrência para aproveitar a alta do mercado.
É aquela velha história do significado da palavra “crise” em chinês: trata-se da mistura entre “perigo” e “oportunidade”.
Depois da conversa que tive com Ricardo Almeida, não me restou dúvidas de que o otimismo é o melhor caminho. Afinal, enquanto uns choram, outros vendem lenço. Em qual grupo você quer estar?