Desenvolvimento Pessoal

Como ser um bom contador de histórias e cativar as pessoas

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Aqueles que contam as histórias dominam a sociedade“, dizia Platão.

Um estudo realizado no início do ano passado por pesquisadores de duas universidades americanas concluiu que os bons contadores de histórias – isto é, as pessoas capazes de contar uma boa história – possuem um maior magnetismo sexual do que os demais.

E quais as razões para isso?

Possivelmente é porque as pessoas mais carismáticas e desenvoltas aparentam pertencer a um extrato mais alto da sociedade, visto que a habilidade de se comunicar de maneira eficiente está relacionada à influência, ao poder e à autoridade.

Mas, antes de nos preocuparmos com os motivos, devemos pensar em algo mais prático: como ser um bom contador de histórias?

Se é verdade que estamos perdendo a nossa capacidade de contar uma boa história, como muitos intelectuais afirmam de maneira enfática, é também verdade que, com um pouco de esforço e motivação, podemos recuperá-la.

Esses conselhos preciosos são somente o começo. Mas, caso os siga atentamente, o resto virá.

1# CONHEÇA A PESSOA A QUEM SE DIRIGE

Escolha um assunto que possa despertar o interesse de seu interlocutor. Para isso, tenha em mente algumas das características e preferências da pessoa em questão.

É preferível, por exemplo, evitar contar uma história relacionada a uma partida de tênis a alguém que ignora as regras do jogo, ou falar de literatura francesa com alguém que jamais abriu um livro desde a formatura.

Conforme adquirir mais confiança e experiência, poderá agir com maior liberdade. Uma pessoa realmente carismática é capaz de transformar basicamente qualquer assunto em uma história encantadora.

2# SIGA UMA LINHA RETILÍNEA E CONDENSADA DE RACIOCÍNIO

Saiba exatamente o que dirá e quais os elementos mais importantes de sua narrativa. Em primeiro lugar, exponha a primeira coisa que ocorreu, conservando a ordem cronológica dos acontecimentos.

Não seja confuso nem obscuro, e não mude subitamente de assunto. Evite fazer qualquer tipo de digressão e, se esquecer alguma coisa, só e mencione se for vital ao entendimento de seu interlocutor.

Está em dúvida se deve ou não acrescentar um novo elemento à sua história? Lembre-se de Cícero, o grande orador romano: “É preferível deixar de lado não só o que atrapalha, mas também aquilo que em nada ajuda, mesmo que não atrapalhe”.

3# TENHA SENSO DE HUMOR

Ser bem-humorado e espirituoso é essencial. Das distintas formas de humor, a ironia é a mais apreciável, contendo um elemento de sofisticação – uma vez que “o homem irônico brinca para divertir-se, ao passo que o bufão brinca para divertir os outros”, nas palavras de Aristóteles.

O humor se faz especialmente desejável nos momentos em que a narrativa corre o risco de se tornar entediante. Nesses instantes, diga alguma coisa além do esperado, algo que possa provocar o riso ou a admiração de seu interlocutor.

E evite mostrar-se uma pessoa ressentida ou implacável com os fatos acontecidos no passado.

4# PENSE EM SUAS HISTÓRIAS COMO EM UMA CRÔNICA

Para tornar um relato mais interessante, é necessário que ele assuma feições novelísticas, tornando-se em si mesmo uma espécie de conto ou crônica. Sinta-se confortável para destacar os pontos interessantes e ignorar os desinteressantes.

E, é claro, conte-a com paixão. Se nem você estiver empolgado com o que está contando, imagina só quem estiver ouvindo?

5# SEJA UM LEITOR

Mergulhe nos clássicos da literatura, lendo-os com atenção e fazendo anotações. Isso irá, sem dúvida alguma, aumentar o seu vocabulário, aperfeiçoar a sua precisão gramatical e ampliar a sua capacidade narrativa.

6# FIQUE ATENTO À LINGUAGEM CORPORAL

Mantenha contato visual e saiba expressar as suas emoções com um sorriso ou com um olhar específico. A linguagem não-verbal é quase tão importante quanto as palavras que falamos.

7# NÃO SE VANGLORIE

Você admira a si mesmo? Parabéns, mas jamais o anuncie em altos brados ou se esforce por passar a mesma impressão ao seu interlocutor. Pessoas que elogiam muito a si mesmas tendem a ser excessivamente pretensiosas ou miseravelmente inseguras.

Lembre-se de Montesquieu, segundo quem “falta luz a um elogio quando este reflete para o mesmo lugar de onde procede.”

8# SAIBA OUVIR TAMBÉM

Saber ouvir é tão importante quanto saber se expressar, e ainda mais raro. Exercite a sua capacidade de escutar atentamente ao que os outros têm a dizer. Não os interrompa nem procure antecipar as suas palavras, mas preste atenção e teça comentários ou perguntas.

Quando você se interessa pelas histórias que as outras pessoas contam, é de se esperar que elas retribuam a gentileza depois. Lembre-se disso.

9# E, ACIMA DE TUDO, VIVA BOAS HISTÓRIAS

Se você não tem boas histórias para contar, não existe técnica retórica no mundo que pode ajudá-lo. Viaje mais, saia mais, arrisque mais. Quando você vive grandes experiências, narrá-las depois de uma maneira empolgante será uma consequência quase natural.

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Camila Nogueira Nardelli

Leitora ávida, aficcionada por chai latte e por gatos, a socióloga Camila escreve sobre desenvolvimento pessoal aqui no El Hombre.

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