InícioAtitudeCarreiraComo dosar o perfeccionismo na sua carreira, para isso ser uma virtude e não um defeito

Como dosar o perfeccionismo na sua carreira, para isso ser uma virtude e não um defeito

Diz o ditado popular que a diferença entre o remédio e o veneno está na dosagem.

A sabedoria das ruas cai como uma luva quando o assunto é perfeccionismo. Dependendo como essa característica esteja inserida em seu perfil, ela se tornará uma das mais excelentes virtudes ou um dos mais prejudiciais defeitos.

O termo perfeccionismo deriva de perfeito, que por sua vez vem do latim perfectum. Entende-se aquilo que é perfeito como sendo tudo que é excelente, que não apresenta falhas ou ainda que é ideal.

Todos nós, em maior ou menor grau, queremos acertar naquilo que fazemos. Nós não nos contentamos com o razoável, o mais ou menos, o médio. Queremos e buscamos sempre o melhor, tanto para não precisarmos refazer nada, como também para alcançarmos o reconhecimento que deixa tanta gente feliz.

BUSCA SAUDÁVEL VS DOENTIA

A questão é quando a busca saudável pela melhoria e o desenvolvimento de competências na carreira dá lugar a uma corrida sedenta, cega e doentia pela perfeição…

Aí o lado salutar do perfeccionismo dá lugar à face sombria.

Você conhece gente que se tornou chata, amarga, metódica e detalhista ao extremo por querer que tudo saia perfeito? O perfeccionista doente tende a sofrer de um mal terrível: a baixa produtividade.

Como é excessivamente detalhista e metódico, acaba realizando tarefas de forma muito lenta, pois se prende em demasia a coisas pequenas e sem importância. Há quem não tenha paciência para suportar o ritmo lento de pessoas exageradamente perfeccionistas.

EQUILIBRANDO EXCÊLENCIA VS VOLUME

Como, então, acertar a dosagem correta, para que a busca pela perfeição seja um diferencial e não uma pedra no sapato?

Em primeiro lugar é necessário ter um grau de autocrítica bem aguçado para refletir se seu trabalho tem qualidade realmente, mas também é produtivo.

O desafio é equilibrar excelência x volume. Não deixe que a angústia pelo zero defeito envenene sua carreira. Relaxe um pouco e deixe que a melhoria contínua lhe desenvolva naturalmente.

Por que não seguir o exemplo dos orientais que buscam ser um pouco melhores a cada dia? “Hoje fui melhor que ontem; amanhã serei melhor que hoje; depois de amanhã serei melhor que amanhã.”

Flávio Emílio Cavalcanti
Flávio Emílio Cavalcanti
Flávio Emílio Cavalcanti é professor universitário, consultor organizacional, administrador e mestre em Gestão de Recursos Humanos.