Nada pior do que chegar ao trabalho com cara de dia seguinte, na ressaca de uma festa ou balada ou mesmo após uma noite mal dormida, com olheiras como um urso panda. Pior ainda, é ostentar sempre esses halos negros em volta dos olhos, que dão aparência de cansaço e envelhecimento.
Para diminuir olheiras, esqueça aquela receita de compressas de chá de camomila da vovó. Em muitos casos, as manchas têm fundo genético. Estas são fáceis de reconhecer: basta olhar para seus pais ou avós.
Mas cigarro, álcool, sedentarismo, privação do sono, asma, rinite e alergias podem contribuir para seu surgimento. Na maior parte dos casos, só o tratamento feito em clínicas dermatológicas ameniza essa chatice.
A hiperpigmentação periorbital (ô nome feio) é causada pela diferença de cor entre a pele da pálpebra e a do resto do rosto.
Há dois tipos de olheiras, a vascular (ligada à presença de uma substância escura chamada hemossiderina) e a melânica, provocada pela concentração de melanina (pigmento que dá cor à pele), embora os dois componentes podem se manifestar na mesma pessoa.
A primeira, associada à herança familiar, pode aparecer precocemente, ainda na infância ou na adolescência, e é mais comum em quem tem ascendência árabe, turca, hindu ou ibérica.
“Nesse tipo de olheira não há mudança da cor da pele, mas a pálpebra fica escurecida por causa da visualização dos vasos dilatados, porque a pele da área dos olhos é bem fina. Além disso, pode ocorrer depósito de hemossiderina que extravasa dos vasos sanguíneos”, explica a dermatologista Daniela Schmidt Pimentel, da Clínica Ephesus, de São Paulo.
Já a olheira predominantemente melânica geralmente ocorre em pessoas mais velhas e com pele morena. Podem, entretanto, aparecer em qualquer tipo de pele, como consequência de excessiva e cumulativa exposição ao sol.
“Outro fator que colabora para o surgimento das olheiras é a anatomia da região ocular”, diz Daniela. “À medida em que a idade avança, pode ocorrer depressão da pele embaixo dos olhos que, associada à flacidez, piora o aspecto das olheiras”, explica a dermatologista.
Os tratamentos, feitos em clínicas dermatológicas, fazem a remoção dos depósitos de hemossiderina ou da melanina, por meio das seguintes alternativas:
- Uso de cremes com princípios ativos que têm esta função.
- Sessões de laser ou luz pulsada.
- Peelings (espécie de esfoliação da pele local).
- Uso de protetor solar, já que o sol pode piorar o aspecto das olheiras.
- Preenchimento de ácido hialurônico, nos casos de alterações anatômicas.
Em casos menos graves, o uso regular de cosméticos pode amenizar o problema, sem fazer milagres, porém.
“Mas os produtos devem ser formulados especialmente para os olhos”, frisa o dermatologista mineiro Abdo Salomão. “Além de diminuir os sinais de fadiga pela ação de ativos como a cafeína, esses cosméticos também costumam conter substâncias que ajudam a prevenir o surgimento de rugas e pés de galinha, como retinol e vitaminas C e K”, diz o médico.
Uma solução vapt-vupt são os produtos para o contorno dos olhos, do tipo roll-on, com aplicadores de bolinhas metálicas. Fáceis de usar, eles refrescam e massageiam a região, ajudando a ativar a circulação sanguínea e a eliminar o inchaço.
Você pode usar esses produtos pela manhã e à noite, antes de ir para a cama. Passe em volta dos olhos, massageando a região do centro para fora (e não em círculos), e evite as pálpebras superiores. “Essa forma de aplicação favorece a drenagem local e diminui o inchaço”, conclui Salomão.
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