“Eu sinceramente adoro a música pop, mas o problema é todo o resto que vem com ela. Se você é como a Madonna, você só pode ser doente mental. Você tem que ser doente mental para ser tão famoso.”
Fama, dinheiro, sucesso. Carros, jóias e mansões. Sexo, drogas e rock’n’roll.
Olhando de fora, o cintilante mundo da música pop reflete ser uma maravilha. O sonho dos sonhos. Mas aí, vem um cara como o Aphex Twin e solta a frase acima em entrevista ao semanário britânico NME.
Sem papas na língua, o cultuado DJ e produtor irlandês diz mais ou menos o seguinte: tudo o que vem em excesso tem lá o seu preço a pagar.
Como já disse o ex-Fugees Wyclef Jean: “Quando você é muito famoso, se você não tem uma pessoa ao seu lado que possa mantê-lo no eixo, é o fim”.
Sejam eles obsessivos, reclusos, egomaníacos ou simplesmente esquisitos, os maiores nomes do pop ocasionalmente… piram na batatinha.
Relembre alguns casos memoráveis.
George Michael
Em 1998, o cantor inglês foi preso por atentado ao pudor. O motivo? Ah, nada demais… Ele só resolveu fazer sexo em um banheiro masculino em Beverly Hills, Los Angeles, com um policial à paisana.
George Michael foi pego no flagra, lógico. O escândalo levou o cara a assumir a homossexualidade e ele ainda foi condenado a prestar serviços comunitários.
Não satisfeito, George voltou aos banheiros públicos dez anos depois – só que desta vez, em Londres, quando recebeu uma advertência da polícia por porte de cocaína e crack.
Britney Spears
Depois de conquistar o mundo como uma “moça correta e virgem”, Britney mergulhou do lado oposto. Oito ou oitenta.
Em 2007, Britney vivia no auge do caos. Saía sem calcinha para a noite com Paris Hilton e cantava loucona nos VMAs da vida. A prova maior foi quando ela resolveu raspar a cabeça.
Anos depois, surgiu o boato de que ela fez o que fez com medo que seus cabelos fossem usados num exame de drogas e que isso a levasse à perda da guarda do seu filho.
Keith Richards
Só o fato de Keith Richards estar aí, firme e forte, já é uma surpresa. Entre tantos de seus momentos sem noção, vale lembrar do seguinte: “A coisa mais entranha que eu tentei cheirar? Meu pai. Eu cheirei meu pai. Ele foi cremado e eu não pude resistir a misturá-lo com um pouco de pó. Meu pai não teria se importado, ele não dava a mínima.” Dito e feito pelo próprio guitarrista dos Rolling Stones em entrevista.
Sinéad O’Connor
O fim da carreira de Sinéad é definido por muitos como o dia em que ela cantou no famoso programa de TV norte-americano Saturday Night Live, em 1992. Na ocasião, a irlandesa rasgou uma foto do papa enquanto dizia: “Lute contra o verdadeiro inimigo”.
Esse, no entanto, foi o começo do fim. A cantora entrou em depressão, tentou o suicídio em 99, ao completar 33 anos, e foi diagnosticada com distúrbio bipolar quatro anos depois.
Em 2011 ela já estava bem o bastante para casar com o próprio terapeuta, o que só durou 17 dias. O que levou Sinéad a fazer o seguinte: solicitar sexo na internet. “Eu ficaria muito triste se sexo anal não estiver no menu”, escreveu ela.
Madonna
Citada como exemplo maior da loucura pop pelo produtor Aphex Twin, Madonna é o tipo de artista que não pode sair de casa. Quer dizer, ela até sai, mas não consegue um segundo sequer de privacidade. São detalhes como esses que levam a cantora a irritar os vizinhos.
No prédio onde vive em Nova York, em frente ao Central Park, Madonna já foi processada porque os vizinhos não aguentaram mais o barulho de música e de pés batendo no chão durante mais 3 horas seguidas por dia. Dizem que ela quase foi expulsa pelos outros moradores. Que fase…
Axl Rose
Axl Rose já discutiu com fãs, trocou farpas com os companheiros de banda, arremessou aparelhos de televisão pela janela de hotel e viveu cinco anos recluso em sua mansão em Malibu ao ser diagnosticado com distúrbio bipolar. Um dos seus pontos altos de loucura, no entanto, foi na Suécia. Por lá, o líder do Guns ’n’ Roses agrediu um segurança no hall de entrada do hotel em que estava hospedado e acabou atrás das grades.
Rita Lee
Rita Lee, uma das maiores representações do rock em terras brasileiras, coleciona histórias e momentos memoráveis de intensa insanidade. Certa vez, Rita caiu da varanda de casa e teve que passar por uma cirurgia na boca, pois estava mais pra lá do que pra cá. Mais tarde, ela revelou que chegou a pensar em encerrar a carreira naquele período, mas que resolveu buscar ajuda em um hospício para conseguir largar as drogas.
Lauryn Hill
Ah, Lauryn Hill… Ela tinha tanto talento, fez sucesso com o Fugees e depois conquistou o mundo ao lançar The Miseducation of Lauryn Hill, sua primeira aventura solo.
Virou o milênio e Lauryn simplesmente pirou. Em 2000, a cantora sumiu. Demitiu toda a sua equipe de produção e voltou a morar com a mãe, em Nova Jersei. Lá, passou a frequentar grupos de estudo sobre a Bíblia cinco dias por semana, parou de assistir televisão e ouvir música.
Tempos depois, até voltou a fazer alguns poucos e pequenos shows, porém insistindo que as pessoas a chamassem de Ms. Hill. “Eu sou Ms. Hill por que sei que sou uma mulher sábia. Este é o respeito que eu mereço”, dizia ela. Então tá, Ms. Hill.
Mariah Carey
Mariah começou a enlouquecer de verdade durante as gravações do filme Glitter, em 2001. Em julho daquele ano, ela apareceu de surpresa no programa Total Request Live, da MTV, empurrando um carrinho de sorvete e vestindo apenas uma enorme camiseta masculina.
Mariah então entrou em um strip, ao vivo na TV, e começou a distribuir picolés para a plateia. Uma semana depois e lá estava ela, deitada em um hospital de Connecticut sendo tratada por conta de uma “exaustão extrema”.
Michael Jackson
Não há como falar em famosos que piraram na batatinha e não lembrar de Jacko. Reza a lenda que Michael virou o que virou por conta de seu pai, um maníaco que abusa e maltratava ele e os irmãos desde cedo, quando ainda rodavam os palcos como os Jackson 5.
O fato é que o cara realmente perdeu a noção do mundo. Fez tentativas drásticas de mudar a sua aparência através de dietas extremas e incontáveis cirurgias plásticas. De certa forma, entrou numas de que era uma espécie de Peter Pan, uma criança que nunca iria crescer.
Viveu no famoso rancho Neverland, onde tinha um parque de diversões, onde convidava crianças para brincar e passar a noite, onde dormia em uma câmara hiperbárica e onde subia em árvores para compor suas músicas. E olha que esse era Michael apenas em casa. Já fora dali…
E os outros?
Há dezenas de casos além dos citados aqui. Poderíamos também falar de Brian Wilson, Courtney Love, Ozzy Osbourne e assim por diante. Mas a lista é tão grande que, se formos lembrar de todos, a matéria não teria fim. Então convidamos nossos queridos leitores a compartilharem suas histórias prediletas aqui na sessão de comentários.
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