Você com certeza já viu algum treino pronto na internet, montado por algum personal trainer celebridade, ou por algum artista ou atleta famoso.
E se você tentou adotar o treino, é provável que tenha notado que nem tudo saí exatamente como estava prescrito. É possível também que após algum período seguir o planejado tenha se mostrado impraticável, seja porque os trabalhos são muito intensos ou muito volumosos.
Mas o problema não está necessariamente em quem monta os treinos (apesar de estar frequentemente). Eu mesmo já sugeri trabalhos de musculação prontos. Contudo, é bastante provável que esses planejamentos não sejam os melhores do mundo para você.
A verdade é que você necessita de um treinamento adequado às suas necessidades, às suas especificidades. E para montar um treino perfeito é preciso levar em consideração cada uma de suas peculiaridades – metabolismo, peso, força, nível de treinamento e etc.
Como nem sempre podemos contratar um profissional ou temos o conhecimento para realizar isso, os treinos prontos são possibilidades válidas.
Então hoje procurarei demonstrar onde esses treinamentos podem estar errado. Dessa forma você tem maiores possibilidades de adaptar suas necessidades a eles.
Foco em todos grupamentos
É possível que você tenha alguma deficiência que necessite ser tratada. Vamos usar como exemplo uma fraqueza das musculaturas posteriores da coxa em relação às anteriores.
Se o treinamento não levar isso em consideração, em algum tempo é provável que você desenvolva dores nos joelhos, o que vai lhe impedir de continuar treinando de maneira intensa e eficiente. E o problema dos treinos prontos é que eles não têm como considerar os problemas de cada um. Assim, focam em todos os grupamentos musculares.
Para não cair nessa armadilha é preciso, antes de tudo, que você conheça seus pontos fracos fisicamente. A partir daí você precisa ter um conhecimento básico sobre o que cada exercício movimenta no corpo para não forçar a barra em regiões delicadas.
Volume ou intensidade muito alta
Normalmente, para proporcionar resultados “rápidos” as pessoas tendem a utilizar treinamentos muito intensos ou muito volumosos. O problema é que uma parcela das pessoas não têm uma recuperação pós-treino 100% perfeita e, nesses casos, trabalhos muito intensos e/ou volumosos não são eficientes.
Isso sem contar a questão da alimentação, que também é fundamental para a musculação. Nem todos conseguem se alimentar adequadamente, seja por falta de tempo ou mesmo de conhecimento. E esse fator é igualmente fundamental para que a pessoa suporte treinos volumosos e/ou intensos.
Então é preciso que você analise a sua capacidade de recuperação pós-treino. Perceba como o seus músculos respondem após a malhação; se eles ficam doloridos por muito tempo; se desincham rápido; se com o passar do tempo, não necessariamente de um treino para o próximo, mas com um espaço de de 2-3 semanas, a carga dos exercícios diminuí ou não consegue realizar as repetições que antes conseguia e etc.
Falta ou excesso de variedade
A moda atual é chegar na academia a cada dia e fazer algo totalmente aleatório, o que é uma solução perfeita para não progredir. No outro extremo, há pessoas que amam seus treinamentos e não os trocam por nada nesse mundo, apesar de ter meses que não colhem mais resultados.
É importante encontrar um meio termo na questão da variação dos estímulos. O ideal é ter variedade suficiente para fugir da monotonia, mas tempo necessário para gerar resultados.
A ideia é que você consiga colher dados para medir seus ganhos (o que pede tempo), assim conseguirá analisar onde é necessário fazer modificações. Mas é impossível fazer isso se você muda de treino a cada dia.
Alimentação padronizada
A alimentação é algo complexo e ao mesmo tempo simples. Mas, de qualquer forma, a quantidade necessária por cada indivíduo é diferente. Por isso é praticamente impossível seguir uma dieta alheia e obter resultados ideias.
Obviamente que se você procura ganhar peso e opta por seguir uma dieta hipercalórica irá obter bons resultados. Mas também acumulará gordura durante esse processo, o que não é bom. E o mesmo vale para o processo inverso.
Aqui não tem muito segredo: ou você tem conhecimento suficiente sobre nutrição e orienta a sua própria dieta ou então consulta um nutricionista (o que eu recomendo) que vai avaliar suas necessidades e organizará um planejamento alimentar específico para você.
Em resumo, é importante estar atento à sua individualidade, pois mesmo que você queira seguir algum treinamento pronto – o que já dissemos que pode ser válido – é preciso adaptá-lo às suas necessidades.