Você acorda todo domingo de manhã para ver a Fórmula 1?
Provavelmente a resposta é “não”.
E se você pensou “sim”, faz parte de um grupo cada vez menor.
Num período de 10 anos, entre 2003 e 2012, a audiência da categoria caiu quase 60% na Globo.
E, no mundo, a situação é igualmente ruim: em 2013 a F1 perdeu 50 milhões de telespectadores em relação à temporada anterior.
Uma das razões de tal queda — talvez a maior? — foi o domínio da dupla Schumacher/Vettel.
Dos últimos 14 campeonatos, eles levaram nada menos do que 9 títulos. E, muitas vezes, por uma larga margem de vantagem sobre o segundo colocado.
A emoção e a natureza competitiva das corridas, afinal, são o que fazem delas emocionantes.
Para que ligar a TV no domingo de manhã, então, já sabendo quem vai levar o caneco? No ano passado, por exemplo, Vettel saiu vitorioso em 13 de 19 etapas, com um carro que era virtualmente inalcançável para os adversário.
Isso tudo sem contar os broxantes jogos de equipe da Era Schumacher.
Por isso a F1 decidiu adotar uma série de mudanças (veja as principais aqui) para reconquistar os fãs perdidos.
E sabe de uma coisa? Aqui na redação do El Hombre, pelo menos, funcionou.
A corrida deste domingo, no Bahrein, reascende em nós a paixão pela categoria.
Da largada à bandeirada, houve boas brigas em todos os pelotões — sem aquele velha história de carros correndo sozinho na pista, sabe?
Williams, RBR, Ferrari e até (veja só) Force India andaram num ritmo igual, o que resultou em dezenas de ultrapassagens ao longo da prova.
As duas Mercedes, verdade, dispararam na frente e fizeram uma dobradinha.
Mas Hamilton e Rosberg não administraram os pontos para a sua equipe. Pelo contrário: foi uma briga sangrenta e honesta, que em vários momentos quase resultou em acidente.
Os pilotos da Mercedes ganharam, também, as duas primeiras etapas de 2014.
Então já está claro que o título deve ficar por aqueles lados.
Para quem? Impossível dizer, pois são dois pilotos agressivos e ambiciosos que têm carta branca da chefia para lutar pelo campeonato.
A única certeza é que, ao contrário dos últimos anos, não esperaremos até a manhã de segunda-feira para ver o resultado das provas.