Desenvolvimento Pessoal

Os 5 passos para identificar seus erros e aprender com eles

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Dizem que, quanto mais interessante é a pessoa, mais interessantes são os erros cometidos por ela. Afinal, os erros que cometemos definem quem somos.

Embora tenhamos a tendência de exigir a perfeição de nós mesmos, devemos ter em mente o fato de que todos cometemos — e continuaremos a cometer — uma longa série de erros ao longo de nossas vidas.

Mas isso não significa que não podemos dar o nosso melhor para cometermos o mínimo de erros possível ou, pelo menos, para não cometermos o mesmo erro duas vezes. E uma das melhores maneiras de fazê-lo é aprendendo com os nossos equívocos.

Isso nem sempre é fácil, porque a única maneira de aprendermos com um erro é fazendo algo que muitos de nós não estão dispostos a fazer: admitir que erramos. 

Ou seja, é necessário deixarmos de atribuir a culpa de muitas de nossas decisões erradas às outras pessoas ou ao próprio universo. Quando culpamos aos outros e esquecemos de nossa própria responsabilidade, nós nos distanciamos de qualquer progresso.

É importante levarmos em consideração o fato de que, quanto mais desafiadores nossos objetivos, mais desafiadoras serão as dificuldades que teremos que encontrar.

E, quanto maiores as nossas ambições, mais dependeremos de nossa habilidade de superar os erros que cometemos e de aprendermos com eles, sendo autoconfiantes o bastante para vê-los com compreensão e neutralidade e corajosos o suficiente para fazer mudanças.

Para dar início a tal processo, comece por categorizar os seus erros nas seguintes esferas, para então lidar com eles da maneira mais adequada:

1# OS ERROS ESTÚPIDOS

São esses os erros inevitáveis, as coisas idiotas que simplesmente acontecem – tais como derrubar a última bolacha do pacote no chão, tropeçar em seus próprios pés, derrubar os livros da prateleira e assim por diante.

➤ Como lidar com esse tipo de erro? Primeiro, tentando ser mais atenciosos e se distrair menos. Em segundo lugar, fazendo uso de nosso senso de humor e simplesmente rindo de nós mesmos

2# OS ERROS SIMPLES

Estes são os erros que, embora pudessem muito bem ter sido evitados e não o foram por conta de uma série de decisões equivocadas que tomamos, não têm consequências muito profundas nem duradouras, e que podem ser resolvidos com relativa tranquilidade. Um exemplo: a cerveja termina em meio a uma festa pelo simples motivo de que nós não fizemos o cálculo adequado de convidados.

➤ Como lidar com esse tipo de erro? Basta que sejamos mais cuidadosos e nos regulemos por um planejamento mais estratégico – e que estejamos prontos para rir, caso acontecerem em algum momento.

3# OS ERROS ÚTEIS

Os erros úteis são aqueles que cometemos quando estamos nos esforçando para expandir nossas habilidades. Eles acontecem porque nós estamos tentando alcançar um resultado superior às nossas habilidades, de modo que não temos como deixar de cometê-los.

Tais erros são os mais positivos que podemos cometer. Se nunca o fizéssemos, estaríamos impedindo o nosso próprio desenvolvimento ao evitarmos sair da zona de conforto. Pois é necessário desafiarmos a nós mesmos no intuito de adquirirmos mais conhecimento.

➤ Como lidar com esse tipo de erro? O problema aqui está na repetição, caso ela acontece. Quando estamos sempre cometendo os mesmos erros, tal coisa tende a indicar que estamos demasiadamente distraídos e desprovidos de foco, ou que a nossa abordagem em relação ao estudo está sendo inefetiva e que talvez devamos procurar uma nova estratégia que nos leve a aprender essa habilidade. Em outros casos, pode significar também que devemos dar um passo para trás porque ainda não estamos preparados para enfrentar esse desafio.

4# OS ERROS DESCUIDADOS

Os erros fruto do descuido são aqueles que demandam algum esforço no intuito de serem prevenidos, tais como aqueles ligados à ausência de pontualidade, como quando sempre chegamos atrasados no trabalho ou em encontros, ou à falta de disciplina, como quando comemos fast food todos os dias ou deixamos de fazer exercício por mais de uma semana, entre outros.

➤ Como lidar com esse tipo de erro? Tais equívocos, que cometemos por hábito ou tendências naturais, requerem que façamos algumas mudanças em nós mesmos. Examine a sua atitude. Reconheça o que pode ser alterado nela. Se você não for capaz de reconhecer o que há de questionável em seu comportamento, você estará enredado para sempre nos mesmos erros e nas mesmas limitações.

5# OS ERROS COMPLEXOS

Estes, entre todos, são os mais difíceis de se lidar – e também, temos de admitir, os mais interessantes. Estamos falando agora dos erros que possuem motivos complexos, e que não temos como desvendar uma maneira óbvia de evitar que sejam repetidos no futuro.

Podemos utilizar como exemplos relacionamentos mal-sucedidos ou qualquer tipo de desdobramento que nos pareça insatisfatório ou desagradável e que possua consequências de dimensão bem considerável para as nossas vidas.

➤ Como lidar com esse tipo de erro? Para começar, encontre alguém com quem falar a respeito do que aconteceu. O melhor é procurar uma pessoa de relativa neutralidade. Com base em sua própria experiência, ou na experiência daqueles que conhece, tal pessoa pode ajudá-lo a encontrar uma maneira de resolver os seus problemas que de outro modo não lhe teria ocorrido.

E, ao descrever o que aconteceu, definindo a sua lembrança da sequência de eventos que levaram ao erro,  você terá a oportunidade de revisitar detalhes que podem ter passados despercebidos. Em seguida, é sugerido que dividamos tais erros de grande proporção em pequenos erros mais fáceis de ser identificados. Eles farão com que você chegue ao centro do problema, para que possa resolvê-lo de maneira adequada. Faça as seguintes perguntas a si mesmo:

  • Qual foi a sequência de eventos que conduziu a esse desfecho?
  • Quais foram os pequenos erros que se converteram em algo maior?
  • O que eu esperava que acontecesse? O que de fato aconteceu?
  • Teria sido possível reconhecer os indícios de que as coisas não teriam dado certo antes?
  • Quais as informações que tenho agora, e que teriam sido úteis naquela ocasião?
  • O que eu faria de diferente se pudesse voltar no tempo?
  • Como posso evitar voltar a passar por algo parecido?
  • Dadas as circunstâncias, esse desfecho era de fato inevitável ou teria sido possível evitá-lo?
  • Quais são as mudanças que devo fazer para evitar cometer esse tipo de erro?
  • Quais dessas mudanças poderão ser empreendidas com facilidade? E quais serão as mais difíceis de se realizar?
  • Como você reagiria se algo semelhante voltasse a acontecer?

Por fim, não deixe que um erro o leve a questionar a sua capacidade de lidar com a mesma situação de maneira apropriada se ela por acaso voltar a se apresentar. O melhor que nós temos a fazer é analisar o passado, aprender com ele e seguir em frente.

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Camila Nogueira Nardelli

Leitora ávida, aficcionada por chai latte e por gatos, a socióloga Camila escreve sobre desenvolvimento pessoal aqui no El Hombre.

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