Nos dias de hoje, são incontáveis as técnicas e estratégias que surgem para aprimorar nossa inteligência. Normalmente, elas se encaixam muito bem, pois quanto mais atualizado for o ensinamento, maior a chance dele se adaptar bem para o que vivemos. Entretanto, também existem princípios que são como vinho: envelhecem melhor à medida com que o tempo passa. O conselho de Benjamin Franklin, um dos maiores estadistas e inventores de história, para aperfeiçoar sua inteligência é o melhor exemplo disso.
Em artigo no portal acadêmico The Conversation, o professor de inglês da Universidade de Indiana, Mark Canada, lembrou que nem sempre o pai fundador dos Estados Unidos foi uma figura racional. Em sua juventude, Franklin costumava ser cabeça-quente, como revela sua autobiografia.
Além de descrever o relacionamento com seu irmão e chefe, James, como cheio de conflitos, o inventor também se considerava um grande falastrão. Franklin não hesitava em ter uma opinião sobre tudo e compartilhar sua visão de mundo. “Às vezes disputávamos”, escreveu Franklin sobre James. “Gostávamos muito de argumentar e desejávamos muito contestar um ao outro”.
Ben começou a mudar seu comportamento depois do contato com o Método Socrático, uma antiga técnica que filósofos usavam para descobrir a verdade por meio de perguntas investigativas. Em sua autobiografia, Franklin escreve que ficou tão encantado com a artimanha que largou totalmente sua metodologia antiga de argumentação.
De acordo com Mark Canada, o método teve tanta influência sobre Franklin que ele mudou totalmente a maneira de se comunicar, alterando radicalmente seus discursos. Em vez de usar afirmações sempre positivas, com palavras como “certamente” e “indiscutivelmente”, ele adotou uma postura mais humilde, substituindo essas palavras por frases como “é assim, se eu não estiver enganado”.
E por que essa história é um exemplo de sabedoria até hoje? Simples: optando por um tom mais humilde, Franklin passou a ser uma companhia mais agradável e também ficou mais inteligente. Ele observou que para aprimorar seu conhecimento, deve-se relativizar suas crenças, opiniões e sentimentos, pois eles podem te deixar fixados demais nos seus conceitos. Para agir como uma pessoa com inteligência, você deve estar pronto para admitir que talvez possa estar errado.
O conselho de Franklin não ficou perdido no tempo. O fundador da Amazon Jeff Bezos, quando perguntado como consegue fazer pessoas inteligentes trabalharem para ele, afirmou que não foca em diplomas e currículos renomados. Em vez disso, ele tenta contratar aqueles que têm facilidade para mudar de ideia.
Assim como Ben Franklin, Bezos compreende que as pessoas mais inteligentes são aquelas que possuem mentes abertas. Por conta disso, é importante entender o poder do aprendizado, sempre colocando a curiosidade acima do ego e estando aberto para ouvir diferentes tipos de ideias.
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