Como ser “colaborativo” sem tornar-se “intrometido”

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Grande parte dos ambientes de trabalho são espaços de uso coletivo. A proximidade com colegas nos coloca em constante interação. Mas, infelizmente, nem todos têm habilidade de relacionar-se de forma saudável com seus pares.

É certo que a grande maioria das tarefas e processos de trabalho requer espírito e esforço de equipe. É exatamente aí que muitos se complicam. Na ânsia de colaborar com colegas, há gente que se torna invasiva, chata, intrometida.

Prefiro acreditar nas boas intenções de quem se propõe a ajudar – pelo menos até que surja uma prova contrária. Mas é preciso saber colaborar.

O grande segredo da colaboração é a aceitação por parte daquele que será apoiado. Emitir opiniões sem ser solicitado, dar conselhos que ninguém pediu ou tentar ajudar à força serão entendidas como tentativas de invasão do espaço alheio.

Naturalmente, o conflito se instalará.

O melhor caminho para conquistar a receptividade dos colegas é mostra-se respeitoso e solidário ao relacionar-se com todos. Além disso, nunca devemos esquecer de colocar qualidade naquilo que fazemos – seja individualmente ou em equipe.

Certas “ajudas” chegam a complicar mais ainda um cenário de caos, pois são oferecidas por profissionais cheios de boa vontade, mas despreparados tecnicamente para colaborar. Terminam por incomodar e atrapalhar tudo. Certamente ajudariam enormemente ficando à distância e de boca fechada.

Apesar de não ser fácil, ser colaborativo vai trazer importantes resultados para sua carreira. Essa habilidade social será decisiva na hora de conquistar apoios em momentos crise, preservando a coesão do grupo diante de “tempestades” que podem surgir a qualquer momento.

Flávio Emílio Cavalcanti

Flávio Emílio Cavalcanti é professor universitário, consultor organizacional, administrador e mestre em Gestão de Recursos Humanos.

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