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Como sobreviver à família dela no Natal

Todo fim de ano é a mesma ladainha. As pessoas ficam loucas correndo de um lado para o outro para dar conta de tudo que tem que ser feito até o dia 31.

Mas antes disso acontecer, há a célebre ceia de Natal da família dela que você tem que participar.

As mulheres têm aquele incrível dom de serem gentis e darem uma passadinha em vários locais que você não tem a menor vontade de ir. E assim você é forçado a encontrar com pessoas que não fizeram parte do seu ano e nem pertencem à sua família.

Tudo vai continuar igual: seu cunhado mala vai fazer as piadas sem graça de sempre, sua sogra vai continuar a dar palpite na sua vida, o tio dela vai fazer você beber algo que não queria e um cara muito educado como você vai aceitar tudo com a calmaria de um monge budista.

Se você adora passar tempo com a família dela não continue a ler este texto. Caso contrário, não desista do seu relacionamento: encare o stress natalino e o bônus de ter sua vida profissional e amorosa sendo julgadas com paciência e sabedoria.

Um grande aliado nessa tarefa é a bebida.

Tenho um amigo que diz que beber na quantidade certa deixa qualquer situação mais suave – e, por que não, até mais divertida.

Beber vai tornar tudo mais tolerável. Lembre-se apenas que ainda não inventaram remédio para ressaca, então escolha sua batalha corretamente.

Vinho em festa com muita gente costuma ser de qualidade duvidosa e a ressaca vai fazer você querer morrer na cama no dia seguinte. Tomar vodka, whisky e cerveja costuma dar mais certo e a ressaca é mais suportável.

Depois de uns goles, você vai ficar mais soltinho e aguentar o falatório do cunhadão que sempre se dá bem em tudo que faz na vida. Ao menos é isso que ele canta aos quatro ventos.

Beba, mas vá até onde não passe vergonha com a família dela.

E como a sobriedade não estará mais intacta, nem pense em entrar em assuntos polêmicos, pois aí as chances de dar algum problema são grandes. O negócio é ser simpático.

Você vai se sentir um idiota em ter que sorrir para o primo do tio-avô da sua parceira, mais ainda em dar risada de piadas que não vê a menor graça. Mas, a não ser que você seja o contador de piadas e faça todo mundo rir, sorria.

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Não fique com essa cara

Não importa a aberração que tenha ouvido, pelo bem do seu namoro ou casamento, sorria – nem que seja amarelo, mas sorria. E nem pense em entrar em discussões filosóficas. Dilma x Aécio não existiu esse ano e nem a alteração de regras no Campeonato Brasileiro.

Especialmente nesse dia, deixe essas coisas para lá. Evitar assuntos polêmicos te livra de dor de cabeça no futuro. Seja mesmo o amorzinho que ela quer que você seja. Você pode se dar bem mais tarde.

Mas se a coisa estiver mesmo muito complicada, recorra ao grande refúgio: a cozinha.

Esse cômodo é “o lugar” nas ceias de Natal porque tudo acontece ali. Mas, uma vez que a comida está toda na mesa, as pessoas esquecem este recinto da casa. Todo mundo está na sala, quintal ou varanda, falando e confraternizando, afinal, este é o espírito da coisa toda.

Beba sossegado por ali. Converse com as tias dela que estarão de passagem por lá ou com o tio que foi pegar mais uma cervejinha gelada. Ninguém para na cozinha, estão todos de passagem e isso a torna um ótimo refúgio.

A cozinha normalmente fica perto do quintal e por lá deve ter crianças e cachorros que são sempre divertidos e não fazem nenhum juízo de valor sobre a sua pessoa.

Julia Duarte
Julia Duarte
A jornalista Julia Duarte, autora do livro "Relacionamento Ioiô", ajuda os leitores do El Hombre a compreenderem o universo feminino. "Não tenho a fórmula do amor", ela diz. "Só quero deixar a pista menos escorregadia e o beco com saída."