Confúcio, originalmente denominado Kong Qiu, emergiu no século VI a.C. na cidade de Qufu, localizada no estado de Lu, na atual província de Shandong, China. Este eminente pensador é indiscutivelmente uma das personagens mais proeminentes da vasta tapeçaria histórica e filosófica chinesa, cujo legado se estende intocado pelo correr dos séculos, mantendo-se resiliente e influente. Seu pensamento incide predominantemente sobre os alicerces da moral, seja no âmbito pessoal ou governamental. A virtuosidade, o respeito reverente pelos ancestrais, a supremacia do estudo e a incessante busca pela harmonia social são alguns dos pilares de sua doutrina.
As reflexões de Confúcio revestem-se de uma profundidade que transcende a mera instrução. Para ele, a chave para a construção de uma sociedade equilibrada e justa estava inexoravelmente atrelada à formação do caráter e à instrução criteriosa. Não se trata meramente de adquirir conhecimento, mas de assimilar valores, de incorporar princípios e de vivenciar uma ética que se manifesta em cada ato, em cada decisão tomada.
Os ensinamentos deste sábio, meticulosamente compilados por seus discípulos no “Analectos”, constituem uma verdadeira bússola para a cultura e ética chinesas. Estas reflexões, destiladas em sabedoria atemporal, não delineiam uma religião no sentido estrito e tradicional do termo. Ao invés disso, delineiam um sistema filosófico e ético cujo epicentro é a humanidade em sua essência mais pura e elevada.
Ao percorrer o continente asiático, é fácil perceber as impressões digitais de Confúcio, gravadas na estrutura das sociedades, nas práticas educacionais e nos protocolos políticos. O Confucionismo, esta doutrina que bebe diretamente da fonte de seus ensinamentos, permeia o cotidiano e molda as interações, estabelecendo paradigmas e diretrizes que orientam desde as relações mais simples até as mais complexas decisões estatais.
Dessa forma, pode-se afirmar com convicção que Confúcio, através de sua erudição e visão, esculpiu um legado que não apenas resistiu ao teste do tempo, mas também iluminou gerações, oferecendo-lhes uma bússola moral e um farol de sabedoria. Em tempos de turbulência ou serenidade, suas palavras continuam a ser um manancial de inspiração e direção, e com base nisso reunimos 13 das melhores frases presentes nos seus Analectos.
É preciso que seja parcimonioso com a fala, mas coerente com o que diz; que ame o povo, mas cultive a amizade de seus semelhantes. Se lhe sobrar alguma energia dessas ações, é conveniente que a dedique a tornar-se uma pessoa culta.
Quando estiver em casa, aja de maneira respeitosa; quando estiver servindo como oficial, seja reverente; em relação aos outros, dê o melhor de si. Essas qualidades não podem ser deixadas de lado.
Há três coisas das quais você deveria se resguardar. Na juventude, procure se resguardar da atração da beleza do sexo oposto. No princípio da vida, se resguarde da belicosidade. Na velhice, se esforce para se resguardar da vontade de ter propriedades.
A falta de autocontrole em pequenas questões arruína grandes planos.
Dizer que você sabe quando você sabe, e dizer que você não sabe quando não sabe – isso é conhecimento.
Se um homem aprende com os outros mas não pensa por conta própria, ele irá se sentir confuso. Se, por outro lado, um homem pensa mas não aprende com os outros, ele estará em perigo.
Quando ao falar você cometer poucos erros e ao agir tiver poucos arrependimentos, uma carreira de sucesso decorrerá com certeza. Mas não se preocupe por não ter um cargo de grande eminência. Preocupe-se com suas qualificações. Não se preocupe porque as suas qualidades não são apreciadas. Procure merecer elogios.
Não é quando os outros falham em apreciar as suas qualidades que você deveria se sentir incomodado, mas sim quando essas qualidades de fato faltam.
Quando a natureza de uma pessoa prevalece sobre a educação recebida, o resultado será alguém intratável. Quando a educação prevalece sobre a natureza, o resultado consistirá em uma pessoa pedante. Só uma mistura equilibrada das duas será valorosa.
O cavalheiro ajuda os outros a perceberem o que há de bom neles, não o que há de ruim. O homem vulgar faz o contrário.
Uma pessoa digna detesta aqueles que chamam a atenção para o mal em outros. Ela detesta os que difamam seus superiores. Ela detesta as pessoas cuja determinação não é temperada pela compreensão.
Detesto aquele cuja insolência passa por coragem. Detesto aquele cujo plágio passa por sabedoria. Detesto aqueles cuja crítica aos outros passa por retidão.
Deve-se pagar a injúria com a retidão, sim, mas pagar com uma boa ação apenas uma boa ação.
