Como o Brasil não adere à legalização, tal qual o Uruguai e alguns estados americanos, o jeito para quem curte fumar um por aqui é manter-se esperto para não ter problemas.
Mas temos uma novidade: a empresa holandesa (claro) E-Njoint BV criou o que seria um cigarro eletrônico de maconha.
É um cone de respeito que tem a planta desenhada onde normalmente fica a brasa. A cada trago uma luz verde ascende, destacando a folha.
Legal, não? A ideia é – mas temos uma notícia um pouco confusa: esse cigarro de maconha eletrônico não leva THC. Ou seja, não dá um grau naquele que fuma.
“Então por que é chamado de cigarro eletrônico de maconha?”, você pode perguntar. “Porque tem o gosto da cannabis”, você mesmo pode responder.
E então temos mais uma surpresa confusa: não, são 6 gostos, que vão de melancia a maçã verde, mas nenhum de maconha.
Por isso, eu admito que estou um pouco perdido. É um cigarro de maconha que não leva essência da planta, não tem THC e nem o gosto da cannabis. Não entendo o que credencia esse aparelho a ser chamado de beck eletrônico.
Essa matéria do COED abordou o assunto sob a ótica dos cigarros eletrônicos, que funcionam como um recurso auxiliador para aqueles que querem abandonar o vício da nicotina. Ou seja, o e-njoint seria então uma ferramenta para ajudar os maconheiros a deixar de serem maconheiros.
Hã… sério?
Esse não é muito o discurso de Menno Contant, CEO da empresa holandesa: “A Holanda é conhecida por ser tolerante e liberal quanto às drogas leves, e a introdução desse novo produto declara isso nitidamente. Desde que você não incomode ou perturbe as outras pessoas e se mantenha dentro da lei, está tudo bem”.
Questionados no YouTube sobre qual o sentido do produto se não contém THC, a E-Njoint respondeu: “Nossos produtos são feitos para divertir, e não para alterar a consciência. Nossos produtos não contém cannabis, mas estamos trabalhando num sabor cannabis.”
E complementa: “A proposta é que você aproveite um produto divertido com 6 grandes sabores, mas sem cannabis, nicotina ou tabaco, assim como aproveita um narguilé”.
Para consolar quem curte dar um tapa na pantera, existe uma versão que permite o usuário colocar um pouco da erva ou então uma essência líquida de maconha, assim os efeitos da planta podem ser sentidos.
Há pouco tempo uma empresa americana já tinha desenvolvido também cigarros de maconha eletrônico por conta da legalização da erva em alguns estados dos Estados Unidos. Trata-se da Open Vape. Nesses produtos os usuários colocam um óleo de maconha e fumam sem fazer fumaça, algo discreto. Segundo relatos, o aparelho dá um grau, mas leve.
De qualquer forma, esses produtos não são legais no Brasil, seja por incluir o uso da maconha, seja por ser um cigarro eletrônico, dispositivo que a Anvisa proíbe.
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