A cultura geek é muito grande. Talvez maior do que você possa imaginar. Até mesmo quem não se considera realmente um geek tem algum aspecto geek em sua personalidade.
Por exemplo, quem não gostaria de ter em seu quarto todos os tipos de consoles à disposição? Ou então a coleção completa de gibis e filmes de clássicos como Batman, X-men, Matrix? Ou ainda incontáveis bonecos de super-herois?
Foi pensando nesses caras que surgiu o bar GIBI Cultura Geek, que alia tudo isso a boas comidas e bebidas.
O negócio iniciou quando o proprietário Tiago Almeida deixou o emprego como web-designer em um grande portal da internet e começou a procurar algo para fazer fora dessa área.
Um amigo, chef de cozinha, o convidou para montar uma hamburgueria nerd em que um cuidaria da cozinha e outro do conceito do estabelecimento. Foi aí que o Tiago, que é colecionador de itens nerds, colocou a cabeça para funcionar e começou a bolar o projeto.
“Acabou que o tempo passou e tiveram outras pessoas entrando e saindo da sociedade. Eu fui o único que permaneceu desde o começo do projeto. Achei melhor montar um bar porque hamburguerias são opções já saturadas em São Paulo e não promovem a interatividade entre as pessoas que só sentam, comem e vão embora”, pontua Tiago, que vê em seu bar um ponto da cultura geek onde os frequentadores passam a ser amigos.
A adesão do público aconteceu na contramão do processo mais habitual. Tiago leu uma matéria dizendo que seria aberto um bar geek em Chicago (EUA). Não perdeu tempo e comentou no texto dizendo que seria aberto um negócio semelhante em Sampa.
Não deu outra. O site entrou em contato com ele e fez uma matéria sobre o local antes mesmo de ser inaugurado. Toda uma legião de nerds ficou sabendo da novidade e esperou ansiosamente pelo dia de conhecer a casa.
O bar foi inaugurado no começo de 2014 e já recebeu pessoas de várias regiões de São Paulo e até de turistas que passam pela capital. O local, inclusive, promove mensalmente eventos para o universo geek.
Um dos eventos que movimentam a casa recebe programadores de jogos alternativos que usam o bar como “laboratório” para testá-los com o público. Os notebooks são ligados sob as mesas e a jogatina rola solta. “Rola até um intercâmbio de conhecimento por aqui. Há casos em que os programadores encontram pessoas que os ajudam a terminar os jogos”, comenta o proprietário que admite que seu bar tem ganho ares de Campus Party e Simpósio Digital com tantos eventos. “Tem dias em que eu até preciso desligar o som da parte em que eles ficam para que possam discutir seus assuntos com mais tranquilidade”.
Artistas também procuram a casa para expor seus trabalhos que têm o universo dos games e quadrinhos como temas centrais. E algumas dessas peças dividem espaço nas paredes e prateleiras com bonecos “action figures” (do Superman, Batman, Star Wars, Capitão América, Iron Man, He Man, entre outros), peças de LEGO, consoles do mais variados, quadrinhos, entre outros.
A maioria desses itens é justamente da coleção pessoal de Tiago. “Tem alguns que ficam a venda e podem ser trocados. Mas tudo tem um preço e preciso ver se vale a pena o negócio”.
Durante esse período de Copa do Mundo o bar apostou em atrair os geeks que não queriam assistir aos jogos. Mas, segundo Tiago, o clima de Não Vai Ter Copa ficou restrito apenas ao mundo virtual, porque efetivamente o movimento nos horários do jogo do Brasil foi menor do que se esperava. Talvez seja mesmo mais fácil vencer o Bowser do que os dribles de Neymar. Quem sabe o mestre Allejo não conseguiria ter mais sucesso?
O público que frequenta a casa é muito variado. Inclusive, há crianças que, acompanhadas dos pais ou responsáveis, também passam pela casa e gostam muito do que veem.
O carro chefe do cardápio da casa, que ainda está em fase de formulação fixa, é um hot dog todo estilizado que lembra o formato de um churro. É uma baguete assada na hora que é furada para que se possa colocar a salsicha e os molhos. Opção boa para quem fica com o controle de vídeo game nas mãos e que pode comer sem fazer muita sujeira.
Mas se os nerds conhecem muito de games, no universo cervejeiro não é bem assim. A casa também aposta nos rótulos especiais e artesanais, contudo, o público ainda está aprendendo a degustar esses novos sabores. Inclusive, a casa tem como projeto bolar cervejas artesanais que serão batizadas com temáticas especiais.
Segundo o site do bar, o GIBI ainda está em fase Beta (para os não geeks, em processo de desenvolvimento) e “será constantemente atualizado para corrigir bugs e incluir novos features”.
Então aguardemos o que ainda vai rolar nas próximas fases e bora celebrar a cultura geek.
Serviço
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