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Cristiano Ronaldo se agigantou com as lágrimas

Tanto quanto nos gramados, Cristiano Ronaldo brilhou segunda-feira no discurso emocionado com que recebeu o prêmio Bola de Ouro.

Suas virtudes como jogador são amplamente conhecidas. É um atacante completo: chuta com as duas pernas, dribla, cabeceia, arranca, dá passes com precisão.

O que ficamos sabendo, no evento da Fifa, é que além disso tudo ele não é o homem arrogante e o craque mascarado que muita gente imagina ser.

Pouco tempo atrás, ele já mostrara caráter ao proteger zelosamente dos policiais um torcedor que invadira o gramado para abraçá-lo.

As lágrimas que ele derramou, a dificuldade em fazer um discurso – tudo isso deu uma nova dimensão a Cristiano Ronaldo.

Mesmo quase sem poder falar, ele citou, elegantemente, Eusébio, morto há dias e um dos maiores craques do futebol português.

Também conta a seu favor ter falado, ou tentado ao menos, em sua língua, o português.

E sua mãe, na plateia, foi um outro espetáculo, bem como seu filhinho no palco.  Também foi bom ver Pelé por lá, o maior de todos os tempos.

Como gosta de dizer Boss, clap, clap, clap para Cristiano Ronaldo. De pé.

Standing ovation.

Scott Moore
Scott Moore
Scott moore é um jornalista inglês de 53 anos. Ele passou toda a sua vida adulta amargurado com o jejum do Manchester City, seu amado time, na Premier League. Revigorado com a vitória dos Blues na temporada 2011/12, depois de 44 anos na fila, Scott voltou a acreditar no futebol e agora traz sua paixão às páginas do El Hombre.