Crítica | “Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore” é mágico, mas poderia ser melhor

Atenção bruxos e trouxas, a crítica de Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore está no ar! Mas antes, vamos voltar no tempo. Em 2011, com o fim da saga Harry Potter nos cinemas, os fãs imediatamente se sentiram órfãos. Muito se desejou a volta destes amados personagens às telonas. E como diz o ditado “a voz do povo é a voz de Deus” e não demorou muito para que esse pedido se tornasse realidade.

Em 2016 “nascia” Animais Fantásticos e Onde Habitam, com a promessa de ser a nova franquia do mundo mágico. E de fato, foi um mega sucesso que começou num nível altíssimo de qualidade. Porém, como nem tudo é mágica, em 2018 apresentou um segundo filme morno e cheio de problemas. Mas e agora, será que a terceira parte chega para por a história nos eixos? Bom, se você gosta e conhece tudo sobre o universo criado por J.K. Rowling, certamente vai amar Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore. Só que de outro lado, fica nítido que a história tinha muito mais a oferecer, mas que é deixado de lado por escolhas duvidosas.

A convite da Warner Bros. Pictures, fomos conferir em primeira mão Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore. Vale lembrar que a pandemia está sendo superada a cada dia, portanto a sessão foi realizada com todos os protocolos de segurança. Tais medidas se estendem para todos os cinemas brasileiros para que você possa se divertir com segurança.

Confira nossa crítica completa (sem spoilers) de Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore, que estreou dia 14 de abril nos cinemas:

SINOPSE DE “ANIMAIS FANTÁSTICOS: OS SEGREDOS DE DUMBLEDORE”

O professor Alvo Dumbledore (Jude Law) sabe que o poderoso mago das trevas Gerardo Grindelwald (Mads Mikkelsen) está se movimentando para assumir o controle do mundo mágico. Incapaz de detê-lo sozinho, ele pede ao magizoologista Newt Scamander (Eddie Redmayne) para liderar uma intrépida equipe de bruxos, bruxas e um corajoso padeiro trouxa em uma missão perigosa, em que eles encontram velhos e novos animais fantásticos e entram em conflito com a crescente legião de seguidores de Grindelwald. Mas com tantas ameaças, quanto tempo poderá Dumbledore permanecer à margem do embate?

MUDANÇAS, ESSÊNCIAS E BRASIL NO ELENCO

Depois de muita dor de cabeça, a Warner Bros. decidiu trocar Johnny Depp por Mads Mikkelsen para interpretar o vilão Gellert Grindelwald. E acredite, foi uma ótima escolha. O ator é um dos melhores personagens do filme, entregando uma atuação digna de aplausos. Em sua primeira cena, junto com Jude Law, ambos conseguem o impossível: estabelecer um amor proibido cheio de sentimentos mistos. E isso em poucos minutos. O vilão de Mads Mikkelsen possui um ótimo apelo político, que deixa a trama extremamente interessante. Mas é uma pena que tamanho potencial do ator (e da trama) seja desperdiçado para focar em outras coisas.

Jude Law retorna como Alvo Dumbledore na fase adulta e brilha em cada cena que aparece. A química com os demais atores é perfeita, estabelecendo um vínculo verdadeiro entre todos. Com um ar sereno e seguro se si, o ator consegue transparecer a mesma essência do seu personagem idoso, da qual conhecemos na saga Harry Potter. Quem também brilha em tela é Eddie Redmayne, como o magizoologista  Newt Scamander. O ator entrega momentos divertidos junto aos seus animais fantásticos, que fará os fãs mais assíduos felizes.

E você deve estar se perguntado: e a participação de Maria Fernanda Cândido, como é? Bom, a atriz brasileira marca presença em pouquíssimas cenas, mas te garanto que sua participação é importante. E mesmo aparecendo pouco ela consegue roubar a cena, entregando uma atuação cheia de personalidade e elegância.

MUNDO MÁGICO + VIÉS POLÍTICO = TINHA TUDO PARA DAR CERTO, MAS…

…não saiu como o esperado. Convenhamos, a saga Harry Potter foi amadurecendo no decorrer dos anos, sendo esse um dos seus maiores triunfos. Já Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore sofre com isso. Mesmo este sendo o terceiro filme da franquia, a produção parece não conseguir sair do lugar. Entre momentos políticos extremamente interessantes e cenas recheadas de ação, o longa opta por focar apenas em momentos mágicos. O que é uma pena. Diante disso, o roteiro se torna raso e fraco, criando situações absurdas e com resoluções fáceis.

Mesmo com um elenco primoroso, cenários incríveis e figurinos impecáveis, Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore peca justamente no mais importante: sua história. O que tinha tudo para ser épico, se torna apenas mais uma longa parte dessa saga, que pelo jeito vai longe. Agora, se você é fã, certamente vai amar a experiência. O filme conta com diversos adereços, locais e menções já conhecidos do público, se tornando um mágico retorno a esse rico universo. Mas é aí que mora a pergunta: até onde os fãs vão sustentar somente isso? Por mais que esse público queira mais e mais conteúdo, eles sabem que boas histórias ainda podem ser contadas, que de fato possam fazer jus ao seu rico universo de origem.

Gostou de nossa crítica de Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore? Fique ligado que traremos mais conteúdos neste formato!

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