Você é do time que gosta de boas histórias? Então se liga na nossa crítica de Belfast. Dirigido por Kenneth Branagh, o longa é um retrato tocante sobre a infância do diretor durante a guerra civil na Irlanda do Norte. Só que muito além disso, o filme é extremamente sentimental, fazendo questão de ser neutro no que se diz respeito à política. Na verdade, o que Branagh quer é recontar cada passo de sua vida que o levou a ser quem é hoje: um cineasta que ama o que faz.
A convite da Universal Pictures, fomos conferir em primeira mão Belfast. Vale lembrar que a pandemia está sendo superada a cada dia, portanto a sessão foi realizada com todos os protocolos de segurança. Tais medidas se estendem para todos os cinemas brasileiros para que você possa se divertir com segurança.
Confira nossa crítica completa de Belfast, que estreia dia 10 de março nos cinemas:
Ambientado na Irlanda do Norte, no final dos anos 1960, Buddy é um menino à beira da adolescência, cuja vida é repleta de amor familiar, diversões de infância e um romance florescente. No entanto, com sua amada cidade natal envolvida em turbulências crescentes, sua família enfrenta uma escolha importante: esperar que o conflito passe ou deixar tudo o que conhecem para trás por uma nova vida.
Belfast acerta em cheio ao apresentar um elenco primoroso. Cada ator é responsável por imprimir sua devida personalidade em tela. E isso é feito de forma tão natural, que fica fácil se identificar com qualquer um deles. Começando com a grande estrela do filme, o jovem Jude Hill, que dá vida ao sonhador Buddy (representando o próprio diretor na sua versão criança) é responsável por conquistar o público logo nos primeiros segundos. A inocência de um garotinho em meio a uma guerra se fundem aos seus mais diversos sentimentos e atitudes. E o jovem ator sabe muito bem dosar suas expressões, ao ponto de impressionar o espectador.
Na linha juvenil, temos Lewis McAskie, que interpreta Will, o irmão de Buddy. Talvez ele seja o elo menos trabalhado da produção, mas que em nenhum momento sua presença é esquecida. Ao contrario disso, ele serve para reforçar o valor da união familiar. Já o elenco adulto é formidável, e digno de aplausos. Caitriona Balfe é Ma, a mãe sempre preocupada que quer proteger todos a sua volta. Assim como Jamie Dornan, como Pa, sendo a figura paterna clássica dos anos 60. Porém, o grande destaque de Belfast vai para Ciarán Hinds e Judi Dench, responsáveis por imprimir na tela a mais pura personificação do que é ser avós. Com momentos sutis, porém importantes, a dupla certamente vai conseguir arrancar sorrisos nostálgicos ao abordar pensamentos da vida real.
Não se deixe enganar, histórias contadas a partir da visão de uma criança sempre são emocionantes. Porém, Belfast conta com um fator diferente, e melhor: o real significado das memórias. Ao adentrar na história de uma criança que não sabia o que estava acontecendo, mas tinha noção do que era errado, sentimos a inocência que todos nós já tivemos um dia. E sim, é justamente isso que o filme quer que você sinta, o poder das memórias e a importância que elas tiveram na construção de quem você é hoje.
Extremamente sentimental, Belfast opta por simplesmente contar a história de uma família como qualquer outra, que diante de uma adversidade, precisa agir. E tal “simplicidade” torna a obra mais especial, sendo um retrato tocante e realista da vida. Por mais que os momentos bons sejam os mais apreciados, os repentinos e dolorosos são os encarregados por dar a responsabilidade que precisamos.
E no meio de todo sentimentalismo, Kenneth Branagh encontra espaço para homenagear o cinema, uma de suas paixões desde pequeno. É possível sentir a magia da sétima arte exalando em cada cena, homenageando essa rica arte de contar histórias. De forma brilhante, emocionante e tecnicamente perfeito, Belfast é o filme mais lindo que você verá neste ano.
NOTA: Belfast recebeu 7 indicações ao Oscar 2022: Melhor Filme, Melhor Diretor (Kenneth Branagh), Melhor Roteiro Original (Kenneth Branagh), Melhor Atriz Coadjuvante (Judi Dench), Melhor Ator Coadjuvante (Ciarán Hinds), Melhor Som e Melhor Canção Original.
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