Demorou, mas a crítica de Chamas da Vingança está entre nós! Certamente Stephen King deve estar entre um dos escritores mais adaptados para o cinema. O Iluminado, Carrie – A Estranha, It – A Coisa, O Cemitério Maldito entre muitos outros saíram da mente do mestre do horror e foram parar nas telonas. Se alguns destes se tornaram clássicos atemporais, alguns outros caíram no esquecimento, como O Nevoeiro e A Torre Negra. E infelizmente, Chamas da Vingança (o título do livro aqui no Brasil é A Incendiária) chega para fazer parte do “time dos esquecidos”, rs. Com um roteiro fraco e raso, uma das únicas coisas boas que vai te fazer chegar até o final é a trilha sonora, te transportando diretamente para os filmes de terror dos anos 80.
A convite da Universal Pictures, fomos conferir em primeira mão Chamas da Vingança. Vale lembrar que a pandemia está sendo superada a cada dia, portanto a sessão foi realizada com todos os protocolos de segurança. Tais medidas se estendem para todos os cinemas brasileiros para que você possa se divertir com segurança.
Confira nossa crítica completa de Chamas da Vingança, que já está em exibição nos cinemas:
Por mais de uma década, os pais Andy (Zac Efron) e Vicky (Sydney Lemmon) estão fugindo desesperados para esconder sua filha Charlie (Ryan Kiera Armstrong) de uma agência federal sombria que quer aproveitar seu dom sem precedentes para criar fogo em uma arma de destruição em massa.
Andy ensinou Charlie como desarmar seu poder, que é desencadeado pela raiva ou pela dor. Mas quando Charlie faz 11 anos, o fogo fica cada vez mais difícil de se controlar. Depois que um incidente revela a localização da família, um agente misterioso (Michael Greyeyes) é enviado para caçar a família e capturar Charlie de uma vez por todas. Porém, Charlie tem outros planos.
Quem em sã consciência pensou que Zac Efron poderia ser um pai de família em um filme? Ok que o ator já fez bons trabalhos, mas associar sua imagem a uma figura paterna responsável, está longe de cogitação (pelo menos até o momento). E isso fica nítido no momento em que o ator precisa aparecer sem camisa diante a câmera, só para exibir seu tanquinho desenhado. Por mais que a história de Chamas da Vingança conte com pais jovens, certamente a escolha de Zac Efron para o papel é a mais absurda possível. Inclusive, o ator entra e sai de cena sem dizer nada, entregando um personagem sem carisma e sem propósito algum.
Já a mãe, interpretada por Sydney Lemmon, faz o que pode. Corre, grita, faz caras e bocas, mas não consegue passar a emoção da história. O destaque de Chamas da Vingança fica mesmo por conta da garotinha Ryan Kiera Armstrong, que consegue passar para o espectador os sentimentos confusos de sua personagem. Mas mesmo assim, é um trabalho que está longe de ser satisfatório. Em muitas cenas, por exemplo, parece que a garotinha se inspirou nos filmes dos X-Men, recriando gestos e performances idênticas vistas na franquia da Marvel.
Por mais que a história de Chamas da Vingança não seja tão atrativa nos dias de hoje, o elenco poderia ao menos ter tentado deixar a experiência melhor. Mas infelizmente, isso não aconteceu…
Por mais que Chamas da Vingança não impressione, ele tem alguns pontos positivos. Os efeitos práticos usados em muitas cenas, para mostrar queimaduras, por exemplo, são incríveis. O trabalho realizado é tão impecável, que parece ser de fato real. Essa estética mais visceral remete bastante ao estilo de cinema dos anos 80, na qual as produções de horror usavam maquiagem e próteses para impressionar o público. De certo modo, isso é muito legal de se ver em tela, pois tira a sensação de que estamos diante só de uma tela verde. E em Chamas da Vingança, o trabalho de efeitos práticos é tão competente, que ele rouba a cena quando aparece.
Outro ponto positivo da produção é a trilha sonora de John Carpenter, que também compôs a de Halloween. O mestre das trilhas faz um ótimo trabalho em Chamas da Vingança, dando um ar de filme de horror dos anos 80. Em cenas mais densas, a trilha de John encaixa como uma luva, te fazendo viajar no tempo. E mesmo que a trilha seja usada várias vezes, é impressionante como soa diferente a cada vez que é ouvida, combinando perfeitamente com cada cena. De fato, um trabalho impecável de John Carpenter que salva Chamas da Vingança de um desastre total.
No final das contas, fica a sensação de que Chamas da Vingança está na época errada. De que não precisava de um remake. Talvez a ideia seja boa, mas a execução do conjunto ao todo, infelizmente deixa a desejar.
Gostou de nossa crítica de Chamas da Vingança? Fique ligado que traremos mais conteúdos neste formato!
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