Depois de muita espera, finalmente está no ar a crítica de Pânico! Mas antes, vamos voltar um pouco no tempo. Lá em 1997, chegava nos cinemas Pânico, dirigido por ninguém menos que Wes Craven, um dos mestres do terror (que também trouxe A Hora do Pesadelo). Com uma história envolvente e cheia de mortes grotescas, Pânico logo caiu na graça do público e se tornou um dos filmes mais conhecidos do gênero. O quarto capítulo da franquia foi lançado em 2011, e foi o último trabalho de Wes, que logo depois veio a falecer. Os fãs se sentiram órfãos, e ansiavam por um novo longa que trouxesse toda a vibe slasher que só Pânico tem. E depois de 10 anos, eis que a franquia retorna aos cinemas de forma assustadoramente triunfal, provando que ainda tem boas histórias para contar.
A convite da Paramount Pictures, fomos conferir em primeira mão Pânico. Vale lembrar que a pandemia está sendo superada a cada dia, portanto a sessão foi realizada com todos os protocolos de segurança. Tais medidas se estendem para todos os cinemas brasileiros, para que você possa se divertir com segurança.
Confira nossa crítica sem spoilers de Pânico, que estreou dia 13 de janeiro no cinemas:
Vinte e cinco anos após uma série de assassinatos brutais chocar a tranquila cidade de Woodsboro, um novo assassino se apropria da máscara de Ghostface e começa a perseguir um grupo de adolescentes para trazer à tona segredos do passado mortal da cidade.
Todo o clima tenso da amada franquia está presente neste novo Pânico. Porém, este não é o maior triunfo da nova produção. Já estamos acostumados a levar diversos tipos de sustos em filmes hollywoodianos, mas somente Pânico consegue ir além: instigar o espectador. Este diferencial foi o que chamou atenção lá em 1997, mas que foi perdendo a graça no decorrer das continuações, resultando por exemplo, um quarto filme esquecível. Agora, 25 anos depois, a direção de Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett é certeira, entregando um filme que te deixará aflito e desconfiado de todos em tela (e se bobear, até de você mesmo).
O novo Pânico consegue tirar sarro de si mesmo, ao mesmo tempo que fala sobre a falta de criatividade na indústria cinematográfica. E acredite, toda essa sátira está interligada à história do filme, e é simplesmente genial! Convenhamos, um dos pontos altos da franquia é seu humor irreverente, e aqui neste novo capítulo, ele marca presença brilhantemente. Quem nunca assistiu um filme de terror e quis gritar para o personagem olhar para trás na cena em que ele será atacado, ou mesmo se questionar porque o indivíduo não saiu correndo, não é mesmo? E no novo Pânico, estas questões são tratadas com muito humor, e até rolam algumas referências e homenagens aos clássicos do terror.
Agora, partindo para as cenas de violência, em que o assassino Ghostface corre atrás de suas indefesas vítimas, elas são um show a parte. É surreal como o filme consegue criar um clima tenso e imersivo em questões de segundos. Inclusive, existem várias cenas em que o Ghostface ataca com sua famosa faca nas mãos, mas desta vez, ele está mais mortal do que nunca, e por um motivo que vai surpreender o público. E com tanta violência em tela, é até estranho falar, mas o filme consegue criar lindas cenas de esfaqueamento, tornando cada morte um momento memorável para a franquia.
Desde o momento em que foi informado que os atores Neve Campbell (Sidney Prescott), David Arquette (Xerife Dewey Riley) e Courteney Cox (Gale Weathers) estariam de volta no novo Pânico, os fãs ficaram eufóricos, mas também se questionando onde os personagens “caberiam” na nova história. Os três atores citados fizeram parte do longa original, e Sidney Prescott se tornou um símbolo dentro do gênero do horror. E para a alegria dos fãs, eles estão de volta como participações especiais, mas com conteúdo, com presença na história, conectando o passado ao futuro da franquia com maestria.
Agora se você não é fã ou nunca conferiu os filmes anteriores, não tem problema. A história funciona para todos os públicos, pois desta vez temos como personagens principais outros atores, dando uma “cara nova” para a franquia. Quando se trata de elenco, o novo Pânico acerta em cheio, mesmo que conte com rostos não muito conhecidos, como Melissa Barrera, Jack Quaid, Dylan Minette, Jenna Ortega e Mikey Madison, pois cada um apresenta sua persona misteriosa no longa, digna de deixar o espectador desconfiado de qualquer um deles.
Unindo o “original” com o novo, Pânico consegue algo primoroso no universo do entretenimento: apresentar uma história que agrade igualmente os fãs e quem nunca sequer viu a franquia antes.
Por mais que a história de Pânico seja compreensivel para todos os públicos, fica nítido no decorrer do longa que ele foi feito especialmente para os fãs. Cheio de referências, easter eggs e homenagens, a produção se torna um presente para os apaixonados pela franquia. Tudo é feito com muito amor e respeito aos filmes anteriores, mesmo que seja zoando algumas decisões do passado (rs), ou idolatrando alguns personagens. Pode-se dizer que os diretores conseguiram vencer uma missão assustadora: apresentar um novo filme, em uma nova época, mas que não deixasse a essência da franquia de lado.
Wes Craven, o idealizador da franquia original, seja onde ele estiver agora, deve estar muito orgulhoso do novo Pânico. Além do legado da franquia ser honrado com sucesso, o filme é uma carta de amor os filmes de terror.
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